Soja: Dólar mais baixo exerce alguma pressão sobre preços no mercado do Brasil

O mercado da soja opera com leves altas na manhã desta quinta-feira (8) na Bolsa de Chicago à espera dos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga hoje em seu novo boletim mensal de oferta e demanda.
No paralelo, o dólar volta a cair frente ao real, perde cerca de 0,54% nesta manhã de hoje e passa a ser cotado a R$ 5,10. A baixa pesa sobre as cotações da soja no mercado brasileiro, que já vê referências ligeiramente abaixo dos R$ 100,00 por saca, que se sustentaram por semanas nos portos brasileiros.
O mercado nacional, todavia, ainda conta com uma boa concentração da demanda externa, com bom fluxo dos embarques do grão e derivados, porém, já se mostra alerta ao mercado interno sentindo os efeitos do coronavírus.
"Com o dólar recuando, os níveis de preços recuaram também cerca de R$ 1,00 e, desta
forma, estimulam uma retração das ofertas, com os vendedores se retraindo e assim com um cenário de poucos vendendo e muitos comprando", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
BOLSA DE CHICAGO X EXPECTATIVAS DO USDA
Os estoques finais de soja dos EUA são estimados para virem reportados entre 10,89 e 13,72 milhões de toneladas, com média das expectativas em 12,08 milhões. Em março, o número veio estimado em 11,57 milhões de toneladas.
"Diante da redução da demanda da soja e do milho, podemos ter um aumento dos estoques finais até o fim da temporada 2019/20 na soja de 4 milhões de toneladas e no milho, de 36 milhões. Mas claro que o USDA não fará todo esse corte de demanda no relatório de abril", diz Araújo.
Para os estoques finais mundiais de soja, as expectativas do mercado variam entre 98,5 e 104,9 milhões de toneladas, com média de 101,9 milhões. Em março, os números vieram em 111,9 milhões de toneladas.
As expectativas indicam ainda safras menores estimadas para a Argentina e o Brasil, principalmente no caso da soja. São esperadas 124,2 milhões de toneladas para a colheita brasileira, contra 126 milhões do boletim anterior, e 52,7 milhões para a Argentina, contra 55,3 milhões do reporte de março.
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