China compra mais soja dos EUA pelo terceiro dia e volume passa de 600 mil t

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou novas vendas de soja para a China nesta sexta-feira (24) de 136 mil toneladas. O volume é todo da safra 2019/20 e este é o terceiro anúncio do departamento nesta semana e o total das compras da nação asiática chega a 606 mil toneladas.
Ainda nesta sexta-feira, o USDA trouxe vendas de soja também para o México de 125 mil toneladas, sendo 39 mil da safra 2019/20 e 86 mil da safra 2020/21. Os mexicanos compraram ainda 589,395 mil toneladas de milho dos EUA, sendo 369,9 mil toneladas da atual temporada e 219,795 mil da nova.
A China continua, com suas novas compras no mercado norte-americano, sendo importante foco do mercado da soja na Bolsa de Chicago. Todavia, as cotações passaram a cair no pregão desta sexta-feira com o vencimento das opções de maio.
O dólar renovando suas máximas no Brasil e chegando próximo de R$ 5,70 também segue no foco dos traders. Acompanhando o pronunciamento do ainda ministro da Justiça Sérgio Moro, a moeda norte-americana sobe mais de 2% frente à brasileira, e segue favorecendo ainda mais a formação dos preços da oleaginosa no Brasil.
Os baixos preços atraíram os compradores para o mercado norte-americano, e a China busca ainda realizar estas compras para também ir, aos poucos, cumprindo a fase um do acordo firmado com os EUA para amenizar a guerra comercial.
Ainda de acordo com agências internacionais, a China segue fazendo essas compras também como uma forma de recompor seus estoques, buscando se proteger de eventuais problemas que possam se agravar em algumas cadeias de abastecimento. Entre essas aquisições, deverão ser 10 milhões de toneladas de soja.
De outro lado, no mercado as preocupações com a economia mundial causadas pela pandemia do novo coronavírus ainda exercem alguma pressão sobre as commodities de uma forma geral e a soja não fica de fora.
"Os mercados de grãos esperam terminar a semana com uma sequência de altas, enquanto continuam a pesar a oferta x demanda em um mundo tentando escapar da recessão econômica", resumem os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.
Assim, por volta de 11h20 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 9 e 11 pontos nos principais vencimentos, levando o maio a US$ 8,29 e o agosto a US$ 8,36 por bushel.
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