Embrapa Café alerta cafeicultores para monitoramento de fertilidade do solo no pós colheita
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Entrevista com Anísio José Diniz - Pesquisador da Embrapa Café sobre o Monitoramento de fertilidade do solo
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O Consórcio Pesquisa Café chama a atenção dos cafeicultores para o monitoramento da fertilidade do solo após a colheita. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o pesquisador Anísio José Diniz explica que é importante que o produtor faça o reconhecimento para garantitr uma planta com maior fonecimento de nutrientes equilibrados, que resultam em um crescimento e desenvolvimento positivo para a produção de frutos.
Segundo a publicação oficial da Embrapa, para a reposição desses nutrientes absorvidos pelas plantas é necessário obedecer a duas leis da fertilidade do solo: a Lei do Mínimo e a dos Incrementos Decrescentes.
A Lei do Mínimo preconiza que “a produção das culturas é limitada pelo nutriente em menor disponibilidade no solo, mesmo que todos os outros estejam disponíveis e em quantidade adequada”. Já a Lei dos Incrementos Decrescentes alerta sobre o fato de que se “adicionar doses crescentes de um nutriente, o maior incremento em produção será obtido com a primeira dose, mas com aplicações sucessivas do nutriente os incrementos de produção serão cada vez menores”.
Confira a publicação da Embrapa na íntegra:
A recomendação equilibrada dos nutrientes será conhecida por meio da interpretação das análises química, física (textura do solo) e do teor de matéria orgânica presente no solo. Contudo, a correta interpretação dos resultados dessas análises será obtida se as amostras enviadas para o laboratório foram coletadas observando-se critérios básicos, como: - a área a ser amostrada deve ser dividida em glebas de no máximo 10 hectares. Cada gleba deve ser a mais homogênea possível, com relação à vegetação, topografia, tempo de uso, produtividade e aplicações de corretivos de acidez (calcários, entre outros), gesso e fertilizantes. Áreas que diferem na paisagem como, por exemplo, em declividade, drenagem, cor e/ou tipo de solo, uso e tratamentos anteriores, devem ser amostradas separadamente.
O uso de ferramentas apropriadas, a homogeneização das amostras com relação ao perfil amostrado, o acondicionamento dessas amostras em recipientes adequados para o envio a laboratórios credenciados para realização dessas análises, entre outros cuidados, também são fundamentais para a correta interpretação.
Recomenda-se que a coleta de amostras de solo para fins da avaliação da fertilidade e, também, a interpretação dos resultados das análises sejam orientadas e interpretadas por engenheiros agrônomos da assistência técnica e extensão rural. Para obter mais informações, sugere-se que o cafeicultor acesse a publicação Manual do Café: Manejo de Cafezais em Produção – EMATER MG, disponível para download no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
De acordo com a interpretação da análise do solo, a correção da acidez por meio da calagem, se necessário, deverá ser realizada antes da adubação. Do mesmo modo, a correção do alumínio em subsuperfície deverá ser feita após a calagem com a aplicação do gesso agrícola.
O fornecimento de nutrientes para as plantas de café por meio da adubação via solo ocorre em dois períodos: primeiro, de agosto a dezembro, período em que as plantas de café estão em crescimento vegetativo e, após as primeiras chuvas (setembro-outubro) quando emitem a florada; e segundo, de janeiro a março, período em que há maior necessidade de nutrientes para a granação dos frutos.
Conforme a avaliação do estado nutricional das plantas de café, adubações foliares poderão ser necessárias para complementar os teores de nutrientes exigidos pelas plantas que não foram supridos pela adubação via solo. O período indicado para essa prática de adubação corresponde aos meses de dezembro, e de janeiro a março.
A dosagem dos nutrientes essenciais para o desenvolvimento do cafeeiro (Nitrogênio, Fósforo, Potássio, Cálcio, Magnésio, Enxofre, Ferro, Manganês, Zinco, Boro e Cobre) varia de acordo com a cultivar/variedade de café seja na fase de muda ou por ocasião do plantio e, ainda, no caso de lavoura já estabelecida, de acordo com o estado fenológico da cultura no campo: florada e expansão dos frutos, granação dos frutos e maturação dos frutos.
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