Trump persiste em batalha jurídica na esperança de reverter vitória de Biden

Publicado em 12/11/2020 07:45

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Por Jonathan Stempel e Jeff Mason

(Reuters) - A equipe de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu mais um passo nesta quarta-feira na batalha judicial para tentar anular sua derrota eleitoral ao ingressar com uma ação no Estado de Michigan, enquanto a Geórgia anunciou uma recontagem de votos e o presidente eleito, Joe Biden, trabalhava para estabelecer as bases de seu governo.

A equipe do presidente republicano foi a um tribunal federal para tentar impedir Michigan, Estado crucial do Meio-Oeste dos EUA onde ele venceu em 2016, mas perdeu para Biden nas projeções da mídia, de certificar os resultados das eleições de 3 de novembro. Trump perdia nesta quarta-feira por cerca de 148.000 votos, ou 2,6 pontos percentuais, no total de votos em Michigan, de acordo com a Edison Research.

No processo, há alegações de irregularidade eleitoral, com foco no reduto democrata do Condado de Wayne, que inclui a cidade de Detroit. Jake Rollow, porta-voz do Departamento de Estado de Michigan, disse que a campanha de Trump estava promovendo falsas alegações para minar a confiança da população na eleição.

"Isso não muda a verdade: as eleições de Michigan foram conduzidas de forma justa, segura e transparente, e os resultados são um reflexo preciso da vontade do povo", afirmou Rollow em um comunicado.

Biden obteve no último sábado a vitória na eleição ao conquistar uma série de Estados decisivos e ultrapassar os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral que determinam quem ganha a Presidência. Biden também estava vencendo na votação popular nacional por mais de 5 milhões de votos, com poucos Estados ainda contando votos.

Democratas e outros críticos têm acusado Trump de buscar minar a confiança do público no sistema eleitoral dos EUA e deslegitimar a vitória de Biden por meio de alegações infundadas de fraude eleitoral, à medida que o presidente, o primeiro em exercício nos EUA a perder uma disputa à reeleição desde 1992, tenta se manter no poder.

Durante a campanha, Trump rejeitou se comprometer com uma transferência pacífica de poder.

Biden tornou-se o vencedor da eleição mesmo sem contar a Geórgia. Ele tinha uma vantagem de pouco mais de 14.000 votos, ou 0,3 ponto percentual, na Geórgia, um Estado do sul que os democratas não conquistam nas eleições presidenciais desde 1992.

O secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, anunciou uma recontagem manual de todas as cédulas lançadas nos 159 condados do Estado. Ele disse que a previsão é de começar esta semana e que seria concluída a tempo de certificar os resultados até o prazo final de 20 de novembro.

Biden, por sua vez, se reuniu com assessores nesta quarta-feira para se preparar para assumir o cargo em 20 de janeiro.

Trump tem se recusado a admitir a vitória de Biden, apresentando uma enxurrada de ações judiciais em Estados-chave para tentar apoio em suas alegações de fraude eleitoral generalizada.

Parlamentares republicanos proeminentes e outros aliados de Trump têm apoiado a estratégia do presidente, afirmando que ele tem o direito de contestar os resultados. O processo de Michigan foi aberto um dia depois que Biden chamou de “embaraçoso" o fato de Trump não admitir a derrota.

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Fonte:
Reuters

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4 comentários

  • eber siqueira Brasília - DF

    Até este meio de informação está dizendo em vitória do Biden! é só em dezembro que saberemos! pelo visto de agora em diante não terá mais meios de comunicação imparcial, só uma meia dúzia de jornalistas independentes e que vivem sendo censurados e presos!

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Meloni, foram vários jornalistas censurados e presos.

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Agencias como a Reuters devem ser como a globo..., os socialistas comunistas roubam o povo com impostos abusivos e repassam para os órgãos de imprensa sustentados a pão-de-ló para fabricar verdades que são mentiras monstruosas.

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Tucker Carlson mostrando os casos de mortos que votaram na Georgia. (Mas deve ser mentira, pois o Ministério da Verdade afirma que não houve fraude nas eleições): Em Nevada, o governo democrata no estado mandou uma cédula para CADA ELEITOR, mesmo sabendo que há 40 mil pessoas nos registros eleitorais que não votam ou que não atualizam seu cadastro há mais de 10 anos...

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