ABPA: 2020 foi marcado por recorde de exportação de carne suína e abastecimento interno de carnes sem interrupção

Publicado em 22/12/2020 12:14 e atualizado em 22/12/2020 17:59
Ricardo Santin - Presidente da ABPA
O próximo ano deve ser de continuidade em bons ritmos de exportação, já que há países que ainda são afetados pela Peste Suína Africana e a Gripe Aviária

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ABPA: 2020 foi marcado por recorde de exportação de carne suína e abastecimento interno de carnes sem interrupção

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Desde o início de 2020, a expectativa era de bons ritmos de exportações, principalmente para a China, conforme explica o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. Este seria - e foi - o ano em que a China sofreria mais severamente com a crise da Peste Suína Africana (PSA), que começou em meados de 2018 e que ainda não foi totalmente controlada, se espalhando por outros países asiáticos e europeus. 

"A China, além de ter tido que abater os animais que estavam com adoença, também abateram muitos suínos de maneira preventiva para poder consumir a carne. Se antes da PSA o gigante asiático produzia 54 milhões de toneladas de carne suína/ano, agora a produção é de 38 milhões de toneladas", explicou.

Este 'gap' de proteína animal, acentuado em 2020, teve de ser suprido por importação não só de carne suína, uma vez que mesmo os volumes de todos os países exportadores não completaria esta lacuna, mas também proteínas alternativas, como a bovina e a carne de frango. 

Sendo assim, em 2020, segundo dados da ABPA, as exportações de carne suína subiram em torno de 37%, e devem bater o recorde chegando a 1 milhão de toneladas exportadas, sendo a China responsável pela aquisição de metade deste volume.

No caso da carne de frango, os volumes embarcados devem crescer em 2020 apenas 0,5%. A razão é que alguns parceiros comerciais do Brasil, como países do Oriente Médio, que têm a economia principalmente apoiada no petróleo e no turismo, reduziram os volumes de compras devido à pandemia do coronavírus. Entretanto, justamente pela necessidade de proteína animal na China, este comércio foi redirecionado para o gigante asiático. 

A pandemia do coronavírus mexeu com o mercado, e fez também com que o Brasil, segundo Santin, se destacasse como fornecedor de alimentos não só para o mercado interno, mas também mantendo o abastecimento em solo brasileiro. 

Para o ano de 2021, Santin explica que, mesmo com o intenso trabalho da China em recompor os plantéis, o país deve seguir necessitando importar proteínas, já que aidna faltam 15% de matrizes para repor o rebanho, e a produção de carne, por se tratar de um animal de ciclo longo, deve levar em torno de um ano para ganhar escala. 

"O planejamento é seguir exportando para a China, mas também estamos trabalhando para abrir o mercado na Índia e no Canadá. Além disso, há recentes casos de gripe aviária ocorrendo no Japão e na França, o que pode fazer com que as exportações de carne de frango brasileiras aumente", disse.

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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