Anvisa pede mais dados para aprovar vacina da AstraZeneca importada da Índia

Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu, nesta segunda-feira, mais dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para autorizar o uso emergencial da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca a ser importada do fabricante Serum Institute of India.
Segundo nota da Anvisa, divulgada após encontro entre o órgão e representantes da Fiocruz nesta manhã, a fundação já apresentou os dados que possui até o momento, mas o órgão regulador solicitou informações adicionais para que seja apresentado o pedido de uso emergencial da vacina no país.
A agência disse que precisa avaliar a comparabilidade entre a vacina produzida no Reino Unido, que está sendo testada no Brasil, e a vacina fabricada na Índia.
"Para a autorização, a agência precisa avaliar os estudos de comparabilidade entre a vacina do estudo clínico, que é fabricada no Reino Unido, com a vacina fabricada na Índia, bem como os dados de qualidade e condições de boas práticas de fabricação e controle. Ou seja, é necessário entender se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido e que teve os dados clínicos aprovados", informou.
A Anvisa também destacou que até o momento não houve pedido de uso emergencial da vacina da AstraZeneca, que é o principal imunizante contra o coronavírus nas tratativas do governo brasileiro.
O órgão regulador autorizou no dia 31 de dezembro a Fiocruz a importar 2 milhões de doses da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca em fabricação pelo instituto indiano.
Para a distribuição e uso na população brasileira, faltam a solicitação e a aprovação da autorização para uso emergencial desta vacina, segundo a Anvisa.
Com a aprovação da Anvisa à importação, o governo brasileiro trabalha para garantir a chegada das doses produzidas pelo Serum Institute of India, após anúncio do instituto de que só pretende exportar doses daqui a dois meses. Segundo a Fiocruz, o Ministério das Relações Exteriores está à frente das negociações relacionadas à importação.
0 comentário
Ibovespa fecha em alta e retorna aos 160 mil pontos com política e inflação no radar
Brasil vive pior crise institucional desde a democratização e 2026 ainda não deve trazer mudança profunda
Dólar tem baixa firme ante o real com cancelamento de entrevista de Bolsonaro
Taxas dos DIs fecham com baixas leves em reação positiva após Bolsonaro cancelar entrevista
STF autoriza cirurgia de Bolsonaro no dia 25 de dezembro
Ações europeias fecham em nova máxima recorde com impulso de Novo Nordisk a setor de saúde