Incertezas econômicas seguem elevadas e país terá 1º tri desafiador, diz Ministério da Economia

Publicado em 03/03/2021 11:10

LOGO REUTERS

As incertezas econômicas continuam elevadas e o primeiro trimestre será desafiador para o Brasil, mas a política monetária estimulativa, a expansão da vacinação, a consolidação fiscal e a continuidade das reformas vão permitir o aumento da confiança e maior vigor econômico ao longo de 2021, avaliou a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia nesta quarta-feira.

Em nota divulgada após números do IBGE mostrarem que o PIB do país caiu 4,1% no ano passado --maior tombo da série que começa em 1996--, a SPE, responsável pelas projeções macroeconômicas no ministério, ressaltou que o desempenho superou estimativas feitas ao longo de 2020.

"Embora tenha ocorrido forte recuo da economia no primeiro semestre de 2020, especialmente no segundo trimestre, a atividade econômica voltou a apresentar um ritmo de recuperação consistente ao longo do segundo semestre de 2020", destacou o texto, acrescentando que o desempenho se deu pela melhora da indústria e comércio, que retomaram patamares pré-pandemia.

"O setor de serviços, que foi o mais afetado pela pandemia e pelo distanciamento social, já está próximo do nível anterior à pandemia e, com a continuidade da vacinação, será a força motriz da atividade neste ano", disse a SPE.

A secretaria lembrou que a projeção oficial do Ministério da Economia para 2021 é de crescimento de 3,2% do PIB.

"Contudo, para continuar avançando ainda mais, é necessária a aprovação das reformas estruturais e das medidas que viabilizem a consolidação fiscal."

Enquanto a SPE divulgava a nota sobre o PIB, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, falava a jornalistas em coletiva virtual, na qual destacou o desempenho da economia melhor que o previsto pelas estimativas feitas na sequência dos primeiros impactos da pandemia.

Questionado sobre o que causou a divergência entre estimativa do ministro da Economia, Paulo Guedes --de retração do PIB menor que 4% em 2020--, e o número oficial (-4,1%), Waldery afirmou que os dados de consumo das famílias (sob a ótica da demanda) e do setor de serviços (oferta) vieram mais fracos.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou contração de 4,1% em 2020, sob impacto das medidas de contenção ao coronavírus e após três anos de ganhos, com a atividade no ritmo mais fraco desde o início da série iniciada em 1996.

Waldery afirmou que a equipe econômica está avaliando quais medidas adotadas no ano passado (e sem impacto fiscal) poderiam ser repetidas em 2021 e destacou que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEM), dentre os colocados em prática, teve "alta efetividade".

"(Sobre) todas as outras (medidas) que foram tomadas, temos a aprendizagem do que funciona e do que não funciona", disse, citando ainda os diferimentos de impostos, também aplicados em 2020.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário