Álcool sobe 21% desde janeiro; procura por combustível aumentou
O consumidor, afetado pelo preço da gasolina, também está tendo dificuldades para recorrer ao substituto imediato nos veículos com motor flex. Motivado por uma combinação de entressafra e aumento de demanda, o preço do etanol hidratado acumula aumento de 21,1% desde janeiro, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O preço médio do litro do combustível saltou de R$ 3,221 para R$ 3,901 Apesar de ser mais cara que o etanol, a gasolina comum subiu menos: 14,6% de janeiro a março. O preço médio do litro da gasolina no país passou de R$ 4,622 para R$ 5,299.
Para o consumidor que compra no varejo, o etanol é vantajoso quando custa 75% ou menos do valor total da gasolina, e apenas 6 estados atingiram essa proporção, segundo a ANP. São eles:
- Sergipe (74,9%);
- Mato Grosso do Sul (74,7%);
- Amazonas (74,4%);
- Minas Gerais (72,8%);
- Mato Grosso (69,3%); e
- Goiás (68,9%).
Em alguns Estados, o preço do etanol quase se iguala ao da gasolina. As maiores proporções foram registradas no Amapá (93,9%), Rio Grande do Sul (91%), em Santa Catarina (85,9%) e no Pará (83%).
DEMANDA E OFERTA
Mesmo com o etanol sendo desvantajoso na maioria dos estados, a demanda pelo substituto da gasolina está aumentando. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o consumo de gasolina em 2021, até 23 de fevereiro, tinha caído 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Em contrapartida, o consumo de etanol hidratado subiu 6,1% na mesma comparação.
À demanda maior do etanol, somam-se fatores ligados à safra de cana-de-açúcar. A tradicional entressafra, no início do ano, encarece o etanol no primeiro quadrimestre. Neste ano, porém, a oferta continuará baixa por mais tempo.
Para o diretor técnico da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), Antonio de Padua Rodrigues, “no período de entressafra deverá prevalecer a oferta de etanol a partir do milho e o uso do estoque nos produtores, dado que o início da colheita de cana-de-açúcar na região Centro-Sul deverá acontecer somente no final do primeiro trimestre”.
Segundo a Unica, dos 133,57 milhões de litros de biocombustível produzidos pelas unidades da região Centro-Sul, 110,88 milhões de litros foram a partir do milho.
Com informações da Agência Brasil
Greve dos petroleiros é iniciada em 4 Estados; AM, BA, ES e SP aderiram
Poder360
Movimento iniciado pelo Sindipetro Bahia em fevereiro deste ano ganhou apoio de sindicalistas petroleiros do Amazonas, São Paulo e Espírito Santo, na 6ª feira (5.mar.2021).
A Petrobras e o Sindipetro haviam iniciado as negociações com o RH Corporativo em 18 de fevereiro. Contudo, após algumas rodadas de negociação, os petroleiros decidiram retomar a greve.
Segundo o Sindipetro, muitos trabalhadores permanecem no interior da RLAM (Refinaria Landulpho Alves), mesmo após o final dos seus turnos de trabalho, prática essa que tem sido adotada pela Petrobras durante os movimentos paredistas.
Ainda na 6ª feira, tiveram mobilizações e protestos na Rnest (Refinaria Abreu e Lima), em Pernambuco, e na SIX (Usina do Xisto), no Paraná.
Os grevistas fazem uma série de cobrança à Petrobras. Dentre elas, estão:
- Condições seguras de trabalho;
- Fim do assédio moral a trabalhadores;
- Manutenção dos empregos;
- Respeito ao ACT (Acordo Coletivo de Trabalho); e
- Fim das dobras de turno e das prorrogações de jornada.
Outro ponto questionado pelos grevistas são as medidas de proteção contra o coronavírus. Segundo a FUP, “em um ano de pandemia, mais de 5.200 trabalhadores da Petrobras já se contaminaram. Isso equivale a mais de 11% do efetivo próprio da companhia. Ou seja, o dobro da média nacional. A cada semana, são mais de 420 trabalhadores infectados pela Covid-19 e uma média de 20 hospitalizados“.