Conab vê safra 21/22 com cenário atrativo de preços para o açúcar e etanol
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Entrevista com Fábio Costa - Analista de Mercado da Conab sobre a Safra da Cana-de-Açúcar
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A safra 2021/22 de cana-de-açúcar do Brasil, que começou neste mês de abril, deve ser menor do que a anterior, segundo dados prévios da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ainda assim, nessa realidade, em meio à condição climática adversa para as lavouras e com o mercado acompanhando o cenário internacional e o câmbio, a tendência é de preços atrativos.
“Em termos de mercado, há uma expectativa bastante positiva de preços tanto para o açúcar quanto para o etanol. A expectativa é que a gente tenha uma continuidade do cenário de taxa de câmbio elevada e preços internacionais atrativos, o que contribui para manter as exportações em patamares aquecidos”, explica Fábio Costa, analista de mercado da Conab.
O especialista detalha ainda que o mercado também acompanha no novo ciclo a informação de entrada forte das usinas no mercado futuro a fim de aproveitarem os altos valores praticados. Do lado do etanol, em que o consumo interno responde pela maior parte da demanda, a expectativa é de que a vacinação faça com que o cenário pré-pandêmico seja aos poucos retomado.
“Esse controle da pandemia ainda varia de país para país. Os Estados Unidos já estão mais adiantados com esse controle e muitos países já têm uma expectativa bastante otimista em relação à recuperação de consumo do etanol no segundo semestre, então são fatores que também devem contribuir para a sustentação dos preços do etanol”, pontua Costa.
Nas análises da Conab, a safra 2020/21 teve um balanço positivo de preços e de produção mesmo considerando os impactos da pandemia durante o ano de 2020, em especial para o açúcar. “Os preços atrativos do mercado internacional e taxa de câmbio elevada acabaram estimulando as exportações do açúcar nesta safra que saltaram cerca de 70% sobre a anterior”, afirma.
O 4º e último levantamento da Conab para a safra 2020/21 deve ser divulgado pela entidade neste próximo mês de maio com atraso em decorrência da pandemia da Covid-19. A atualização não deve ter mudanças significativas e pode confirmar um recorde para a produção de cana no país.
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