Preço da carne de frango e da ave viva sobem em maio, na contramão das proteínas bovina e suína

O movimento do mercado de frango neste mês de maio foi de alta de preços, segundo a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Juliana Ferraz. Contrariando o cenário da carne suína e bovina, na parcial do Cepea para este mês, a carne de frango subiu 13%, e a ave viva 9,7%.
"Isso é resultado tanto de um ajuste de produção que tem sido feito ao longo dos últimos meses quanto de uma demanda mais aquecida, uma vez que a carne de frango segue sendo mais competitiva, mesmo com a queda das proteínas suína e bovina", disse.
Além disso, ainda que com dificuldade, o setor produtivo está fazendo repasses à ponta consumidora pelos altos custos de produção, principalmente no que se refere ao milho e ao farelo de soja que compõem a ração das aves. "Neste final de mês, estes repasses 'esfriaram', já que é um período sazonal de menor capitalização da população, mas a tendência é de que os preços voltem a subir no início de junho", explicou.
De acordo com ela, um fator que pode exercer pressão de baixa de forma temporária nos preços do mercado do frango internamente é a suspensão pela Arábia Saudita a 11 frigoríficos brasileiros que exportavam carne de frango para o país. Deve, sim, haver um excedente de produção no Brasil, mas por se tratar de um animal de ciclo curto e de uma produção mais de 90% verticalizada, a pesquisadora acredita que as indústrias conseguirão regular a produção em pouco tempo, ajustando à demanda.
0 comentário
Média diária exportada de carne de frango recua 8,2% em novembro/25
Carne suína: novembro registra recuo de 14% no volume exportado em comparação ao ano anterior
Preços da suinocultura independente seguem firmes, mas o mercado permanece atento a novas oportunidades na demanda externa
Mercado do frango inicia dezembro com boas perspectivas, mas poder de compra do produtor cai
Suínos/Cepea: Vivo segue na casa dos R$ 8/kg
Brasil pode ampliar exportações de carne de frango em 0,5% em 2025 após reversão de embargos, diz ABPA