Milho safrinha em Paracatu (MG) pode ter perda de cerca de 40% com peso da estiagem e ataques da cigarrinha do milho
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Entrevista com João Alves da Fonseca - Produtor Rural de Paracatu - MG sobre as Realidades da Safra - Milho
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Os efeitos da estiagem e ataques da cigarrinha do milho na safrinha que foi plantada em atraso na região de Paracatu, em Minas Gerais, podem causar uma perda em torno de 40%, segundo o produtor rural da região, João Alves da Fonseca.
Fonseca enfatiza que as perdas podem ser mais acentuadas par ao milho que foi plantado após a colheita da soja, em que houve atrado. Entretanto, o milho plantado depois da colheita do feijão está dentro da janela ideal e pouco sofreu com as intempéries.
"Esse segundo milho, atrasado, pegou a seca bem no desenvolvimento, e houve uma chuva pontual no período de floração, o que fez com que a perda não fosse maior. Mas o produtor aqui da região viu muito ataque da cigarrinha, e teve que fazer muitas aplicações para o controle, aumentando o custo de produção", disse.
Com cerca de 35% das áreas colhidas, a expectativa de produtividade pe de cerca de 50 sacas por hectare, levando em conta a maioria do milho plantado em atraso.
"Outro problema por aqui foi os ataques da cigarrinha nas áreas onde se planta o milho para semente, em baixo de pivô. Mas nesse ponto fica mais difícil estimar a perda porque depende muito da variedade do milho que foi plantada", explicou.
Sobre o ritmo de negócios, Fonseca explica que a região costuma fazer poucos contratos antecipados, no máximo comprometendo 15% da produção, já que o milho cultivado na área atende o Triângulo Mineiro, centro do Estado e o Espírito Santo.
"Os produtores que estiverem mais capitalizados vão vender aos poucos, escalonando, mas os que têm alguma dívida para pagar devem aproveitar os atuais preços em patamares entre R$ 90,00 a R$ 100,00 a saca", afirmou.
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