Foco na variante Delta e preocupação com demanda: Arábica e conilon fecham em queda
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O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quinta-feira (19) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Setembro/21 tinha queda de 150 pontos, valendo 178,20 cents/lbp, dezembro/21 registrou baixa de 155 pontos, valendo 181,30 cents/lbp, março/22 teve queda de 160 pontos e maio/22 teve queda de 155 pontos, valendo 185,05 cents/lbp.
O pregão foi marcado como mais um dia de aversão ao risco à pandemia da Covid-19. No início da manhã, o petróleo recuou mais de 3% e puxou as demais commodities agrícolas. " O agravamento da pandemia pode levar a restrições mais rígidas que reduzem o horário de funcionamento de restaurantes e cafeterias e restringem a demanda por café", complementa a análise do site internacional Barchart.
Os contratos chegaram a recuar mais de 300 pontos em Nova York, mas a preocupação com a produção da safra brasileira limitou as baixas. "Os preços do café têm sustentado a preocupação de que as condições extremamente secas no Brasil irão reduzir a produtividade do café", comenta o Barchart.
A Somar diz que os níveis de umidade do solo podem cair ainda mais em relação aos níveis já críticos, pois a disponibilidade de água no solo em Minas Gerais está abaixo de 10% quando o nível mínimo para o desenvolvimento da cultura é de 60%.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também teve um dia de desvalorização. Setembro/21 teve queda de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 1843, novembro/21 tinha queda de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 1863, janeiro/22 registrou baixa de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 1854 e março/22 teve queda de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1846 e maio/22 teve queda de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 1840.
No caso do conilon, além do dia de aversão ao risco, novos números do Vietnã ajudaram a pressionar as cotações. "Um fator negativo para o café conilon foi o relatório do Departamento Geral de Alfândegas do Vietnã na última quarta-feira que as exportações de café do Vietnã em julho aumentaram 11,2%", acrescenta. O país asiático, assim como o Brasil, também sofre com os gargalos logísticos e alta dos fretes.
No mercado nacional, o dia foi marcado por estabilidade nas principais praças comercializadora do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,48% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.055,00, Araguari/MG teve queda de 0,48%, valendo R$ 1.045,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.062,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.090,00, Varginha/MG por R$ 1.082,00, Campos Gerais/MG por R$ 1.067,00 e Franca/SP por R$ 1.060,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 0,99% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.124,00, Poços de Caldas/MG teve valorização de 0,43%, negociado por R$ 1.175,00, Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 1.130,00, Varginha/MG por R$ 1.140,00 e Campos Gerais/MG por R$ 1.127,00.
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