Margens dos frigoríficos exportadores melhoram e alcançam maior spread em 12 meses
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Entrevista com Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA sobre o Mercado do Boi
A rentabilidade das indústrias frigoríficas que atuam nas exportações registraram uma melhora e alcançaram o maior spread nos últimos 12 meses. O preço do boi em dólar registrou uma queda de 3% devido à variação cambial, enquanto a carne in natura teve um avanço de 4% em agosto e isso representa um spread positivo de 9% para as indústrias.
Segundo o Consultor de Agronegócio do Itaú BBA, César de Castro Alves, o desempenho das exportações segue muito aquecido e deve bater o recorde no volume exportado em agosto. “Os preços médios negociados para a carne continuam subindo nos últimos meses”, destacou.
As escalas de abate em patamares confortáveis acaba impedindo novas altas para arroba e também impacta as referências no mercado futuro. “Essa melhora das exportações não se reflete em valorização para arroba devido ao planejamento das indústrias com o alongamento das escalas de abate, que atende uma média de 8 dias úteis”, informou.
O consultor aponta que o mercado está muito equilibrado entre a oferta e a demanda e que uma nova alta seria possível se o dólar fosse para o patamar de R$ 5,50. “Os frigoríficos seguem testando novos patamares de preços, porém a nossa expectativa é de estabilidade de preços até novembro. A única forma da arroba ter uma valorização é se o dólar mudar o patamar de preços que permitirá ofertar preços maiores para os animais com destino a exportação”, reportou.
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Raone Cotrim Formosa
Chego a ficar emocionado com a preocupação que o Aleksander tem com as margens dos frigoríficos. É só dar uma olhada nos balanços e vai ver que pra eles o mercado tem sido muito bom. Para o terminador com esses custos está péssimo, ainda vem dizer que travar boi novembro a 320,00 é satisfatório.