B3 se apoia no internacional e milho pode voltar aos R$ 100,00 nesta semana, diz Brandalizze

Publicado em 29/08/2022 16:39
Chicago ganha impulso do Pro Farmer e atinge maior patamar em 2 meses

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A segunda-feira (29) chega ao final com os preços futuros do milho pouco modificados na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 86,12 e R$ 96,85. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 86,12 com queda de 0,84%, o novembro/22 valeu R$ 90,15 com estabilidade, o janeiro/23 foi negociado por R$ 94,15 com ganho de 0,17% e o março/23 teve valor de R$ 96,85 com estabilidade. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, mesmo com o dólar recuando ante ao real neste começo de semana, o quadro é positivo e caminhamos para os R$ 100,00 a saca. 

“Está bem perto a posição e eu acho que essa semana as cotações têm espaço e folego para acelerar. O mercado de exportação também tem condição de melhorar de R$ 92,00 a R$ 97,00 podendo bater os R$ 100,00 na semana”, diz. 

Brandalizze destaca o folego positivo do milho mesmo nesta reta final de colheita da segunda safra brasileira. “Era um momento em que deveria estar pressionado, mas esse mercado internacional muito firme para o milho e a falta de vendedores no mercado brasileiro estão dando suporte nas cotações para níveis bem interessantes”. 

Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais recuos do que avanços. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Dourados/MS. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Campo Novo do Parecis/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico de Campinas/SP, o cereal encerrou a última semana com os preços firmes na média de R$ 83,50/sc, motivado pela demanda externa e otimismo nos mercados futuros”.   

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que as cotações do milho estão firmes no Brasil. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) registrou elevação de 1,75% de 19 a 26 de agosto, fechando a R$ 83,6/sc de 60 kg na sexta-feira, 26.  

“No contexto internacional, os valores também subiram, impulsionados por notícias indicando possíveis reduções na produtividade das lavouras dos Estados Unidos, por preocupações relacionadas à seca na Europa e na China e pela diminuição dos embarques pelo Mar Negro. Atentos a esse cenário, produtores brasileiros se afastaram do spot nacional, elevando os preços internos”. 

Mercado Externo 

A Bolsa de Chicago (CBOT) operou durante toda a segunda-feira em campo positivo para os preços internacionais do milho futuro, que atingiram seus maiores níveis dos últimos dois meses. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,83 com alta de 15,00 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,83 com valorização de 18,75 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,87 com elevação de 18,00 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,88 com ganho de 17,50 pontos. 

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (26), de 2,25% para o setembro/22, de 2,86% para o dezembro/22, de 2,69% para o março/23 e de 2,69% para o maio/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho da Bolsa de Chicago atingiram alta de dois meses nesta segunda-feira, depois que uma visita de inspeção de safras nos Estados Unidos na semana passada projetou que as colheitas ficariam aquém das estimativas do governo devido ao clima quente e seco. 

Depois que os mercados fecharam na sexta-feira, o serviço de consultoria Pro Farmer estimou a colheita de milho dos Estados Unidos em 13,759 bilhões de bushels, a menor desde 2019 e abaixo das previsões do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) de 14,359 bilhões de bushels. 

Os ganhos no milho refletem as preocupações com a oferta e os esforços do mercado para atrair agricultores na América do Sul a plantar mais hectares do grão, em vez de soja, disse Jim Gerlach, presidente da corretora A/C Trading. 

“O mercado agora está tentando enviar um sinal de que precisamos de mais acres de milho na América do Sul”, disse ele. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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