HSBC aumenta meta de corte de custos para o próximo ano
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Por Lawrence White e Iain Withers
LONDRES (Reuters) - O HSBC identificou 1,7 bilhão de dólares em custos extras que podem ser cortados no ano que vem, disse o presidente-executivo do banco, Noel Quinn.
A instituição está buscando elevar seus retornos, em meio a pedidos de seu maior acionista para que o banco seja desmembrado.
Os cortes - além das economias já existentes - são necessários para ajudar o HSBC a controlar custos em meio à alta inflação, disse Quinn em uma conferência do Financial Times em Londres que ocorre nesta semana, acrescentando que a meta do banco de aumentar os custos em 2% no ano que vem permanece inalterada.
"É assim que vou entregar os 2%", disse Quinn. "Não vou fingir que é fácil."
Nos resultados do terceiro trimestre divulgados em outubro, o HSBC estimou que economizará 1 bilhão de dólares em 2023. Os cortes extras incluirão o fechamento de portfólios, enquanto a maioria das demissões planejadas já está em vigor, disse Quinn.
O banco intensificou os movimentos para encerrar negócios com baixo desempenho, acertando a venda de seu banco de varejo canadense para a RBC nesta semana e iniciando uma revisão de suas operações de consumo na Nova Zelândia.
Quinn também afirmou não acreditar que a campanha do maior acionista do banco, a seguradora chinesa Ping, para que o HSBC seja desmembrado tenha motivação política.
Ele disse que outros acionistas institucionais com quem conversou não viam justificativa econômica para dividir ainda mais o banco.
O executivo reafirmou sua posição em relação à segunda sede do banco, Hong Kong, apesar das preocupações entre as empresas financeiras ocidentais de que o controle cada vez maior de Pequim sobre a região esteja erodindo sua autonomia e valor como centro financeiro.
"Também acredito que Hong Kong continuará sendo um centro financeiro internacional", disse Quinn, acrescentando que o centro provavelmente continuará sendo o melhor mercado internacional de capitais para empresas chinesas.
Ele também reiterou sua postura cética em relação às criptomoedas, dizendo que o banco não tem planos de oferecer ativos digitais para investidores de varejo nem iniciar uma mesa de negociação para moedas digitais, em contraste com alguns outros rivais.
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