Abate de fêmeas no Norte do Brasil contribui para baixa de preços da arroba do boi no mercado físico e da carne em outras regiões do país
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Abate de fêmeas no Norte do Brasil contribui para baixa de preços da arroba do boi no mercado físico e da carne em outras regiões do país
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O mercado do boi encerra esta semana de negociações nesta sexta-feira (5) com algumas altas tímidas na B3, motivados por movimentações no mercado físico paulista, segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo o o especialista, há ainda uma pressão baixista pairando sobre o setor, motivada pela oferta de animais. "Esta situação deve perdurar pelo mês de maio, e reajustes positivos devem ser vistos entre junho e julho, mas sem altas explosivas", explica.
Detalhes trazidos por Iglesias dão conta de que em abril, o abate de fêmeas, percentualmente, foi grande na região Norte do país, e que este fator pode contibuir para a redução nos preços formados em outras regiões do Brasil, seja no mercado físico ou até no preço da carne. "Em Rindônia, por exemplo, o abate em abril foi de 103,5 mil machos e 100 mil fêmeas, quase 50% a 50%", explica.
Ele ainda detalha que, conforme dados do Serviço de Inspeção Federal (SIF), em abril, do total de bovinos abatidos, 38% foram fêmeas. Quando se olha para março, essa proporção foi maior, 45% de fêmeas abatidas no cômputo de bovinos que foram para o frigorífico.
No caso específico de março, Iglesias pontua que foi uma questão de retenção de machos nas propriedades por parte dos pecuarisas em função do auto-embargo brasileiro para as exportações com destino à China, dando prioridade de abate para as fêmeas.
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