Gastos do consumidor dos EUA desaceleram em outubro; pedidos de auxílio-desemprego têm leve alta
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(Reuters) - Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram moderadamente em outubro, enquanto a alta anual da inflação marcou o menor nível desde o início de 2021, em sinais de arrefecimento da demanda que podem fortalecer ainda mais as expectativas de que a campanha de aumento de juros do Federal Reserve chegou ao fim.
Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,2% no mês passado, após um ganho não revisado de 0,7% em setembro, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters esperavam aumentaram 0,2%.
A moderação nos gastos do consumidor ocorreu após um ritmo de crescimento rápido no terceiro trimestre e reflete o impacto dos custos mais altos dos empréstimos e do esgotamento do excesso de poupança entre as famílias de baixa renda. Embora os salários permaneçam elevados, o ritmo de aumento diminuiu ao longo do ano, à medida que o mercado de trabalho fica mais lento.
Milhões de norte-americanos retomaram o pagamento de empréstimos estudantis no mês passado, o que pode afetar os gastos no próximo ano.
O receio de que a economia possa entrar em recessão no início de 2024 pode fazer com que as famílias relutem em gastar e, em vez disso, aumentem suas poupanças. Até o momento, a economia tem desafiado as previsões de uma recessão, crescendo no terceiro trimestre a um ritmo robusto de 5,2% anualizado, o mais rápido em quase dois anos.
As estimativas de crescimento para o quarto trimestre estão, em sua maioria, abaixo de uma taxa de 2%. A maioria dos economistas espera que a economia se acomode com um período de crescimento muito lento e evite uma recessão total.
A inflação, medida pelo índice PCE ficou inalterada em outubro, depois de ter subido 0,4% em setembro.
Nos 12 meses até outubro, o PCE acumulou alta de 3,0%, taxa anual mais fraca desde março de 2021, após avanço de 3,4% em setembro.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o núcleo do índice PCE aumentou 0,2% no mês passado, depois de subir 0,3% em setembro. Leituras mensais de inflação de 0,2% em uma base sustentável são necessárias para levar a inflação de volta à meta de 2% do banco central dos EUA, de acordo com economistas.
Na comparação anual, o núcleo do PCE avançou 3,5% em outubro, depois de alta de 3,7% em setembro.
O Fed acompanha os índices de preços PCE para as decisões de política monetária.
A diminuição da demanda e das pressões inflacionárias aumentaram o otimismo de que o Fed provavelmente já terminou de elevar a taxa de juros neste ciclo, com os mercados financeiros prevendo até mesmo um corte em meados de 2024. Desde março de 2022, o banco central aumentou sua taxa básica de juros em 525 pontos-base, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.
O afrouxamento das condições do mercado de trabalho foi reforçado por um relatório separado do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira, mostrando que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 7.000 na semana encerrada em 25 de novembro, para 218.000 em dado com ajuste sazonal. A expectativa dos economistas era de 226.000 pedidos para a última semana.
Os dados de pedidos da semana passada incluíram o feriado de Ação de Graças. As solicitações tendem a ser voláteis na época dos feriados de fim de ano. Ainda assim, o mercado de trabalho está esfriando em conjunto com a demanda geral da economia.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
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