Agricultores da França deixam protestos após concessões do governo, mas raiva se espalha por toda Europa
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Por Charlotte Van Campenhout e Bertrand Boucey
BRUXELAS (Reuters) - Agricultores em protesto exigindo preços justos e menos burocracia bloquearam a fronteira entre a Bélgica e a Holanda nesta sexta-feira, enquanto seus pares na França começaram a levantar bloqueios em todo o país depois que o governo fez mais concessões.
Protestos de agricultores surgiram em vários países europeus, da França à Polônia, expondo as tensões sobre o impacto na agricultura da iniciativa da União Europeia de combater as mudanças climáticas, o aumento dos custos e a concorrência estrangeira.
A frustração chegou ao auge em Bruxelas nesta semana, onde os agricultores jogaram ovos e pedras no Parlamento Europeu e soltaram fogos de artifício ao exigir que os líderes da UE em uma cúpula próxima fizessem mais para ajudá-los.
Agricultores belgas e holandeses bloquearam várias passagens de fronteira entre seus países na sexta-feira, enquanto continuavam a impedir que caminhões entrassem ou saíssem do porto de Zeebrugge, que lida com importações de automóveis e alguns produtos frescos do Reino Unido e de outros países.
Montadoras que enviam entregas através de Zeebruggee incluem Tesla, BMW, Mercedes, Hyundai e Volvo, disse um porta-voz do porto, acrescentando que a capacidade do porto estava sendo ocupada rapidamente com veículos presos no cais. Cerca de 2.000 caminhões estavam parados do lado de fora do porto.
O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, pediu que seus agricultores suspendessem os bloqueios.
Enquanto isso, os agricultores franceses estavam desmontando muitos de seus bloqueios feitos de fardos de feno em dezenas de locais em toda a França, incluindo várias rodovias que levam à capital francesa, interrompendo seus protestos após receberem mais promessas do governo.
"Os bloqueios de estradas estão sendo retirados região por região. Alguns ainda estão no local, mas pouco a pouco, durante a manhã, eles serão removidos", disse Jerome Despey, funcionário sênior do sindicato dos agricultores FNSEA, à rádio franceinfo.
(Reportagem de Charlotte Van Campenhout)
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