Acordo sobre subsídios ao algodão é possível

Publicado em 08/01/2009 17:13
Os Estados Unidos estão comprometidos a alcançar um acordo sobre o algodão na Rodada de Doha, mas ainda não houve um entendimento, disse a representante de Comércio dos EUA na quarta-feira.

Susan Schwab, que deixará o cargo em 20 de janeiro devido à mudança na admnistração, afirmou que o algodão faria parte de um entendimento se os ministros tivessem alcançado um esboço de acordo no mês passado, na Organização Mundial de Comércio (OMC).

A questão do algodão é uma das mais difíceis na Rodada de Doha, lançada em 2001, mas as declarações de Schwab indicam que o algodão não será um obstáculo a um acordo comercial mais amplo.

O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, decidiu em dezembro não convocar os ministros para uma reunião em Genebra em busca de um avanço na rodada, devido às grandes diferenças entre as principais potências. Mas ele destacou que o algodão não era um problema, área em que seria possível um acordo.

"Não houve uma decisão sobre o algodão", disse Schwab durante uma visita de despedida aos escritórios da OMC. "O que conseguimos articular foi boa vontade e nossa intenção de cumprir totalmente com nosso compromisso de acordo segundo a declaração ministerial de Hong Kong em dezembro de 2005 em relação ao algodão".

"Se tivéssemos tido menos diferenças irreconciliáveis entre nós e uma reunião ministerial bem sucedida em dezembro, estou confiante de que o algodão teria feito parte do acordo", completou.

Produtores de algodão de países em desenvolvimento querem que os Estados Unidos reduzam seus subsídios, que se tornaram um símbolo do que vêem como práticas injustas de comércio internacional que os tiram do mercado.

Membros da OMC concordaram em Hong Kong em 2005 em reduzir os subsídios sobre o algodão mais rápida e profundamente do que os suportes a outros bens agrícolas. Mas o acordo sobre o algodão depende de um mais amplo sobre agricultura.

Quatro produtores africanos - Benin, Burkina Faso, Chad e Mali - fizeram uma proposta que levaria os subsídios dos EUA a uma queda de 82,2% em cerca de dois anos, contra um corte de 60% em cinco anos para os subsídios agrícolas americanos como um todo. Os EUA não fizeram uma contraproposta.

Os preços baixos, os altos custos de produção e a queda da demanda por causa da crise econômica podem forçar um aumento dos subsídios do algodão nos EUA segundo os programas atuais. Entretanto, muitos produtores estão optando por outras safras.

O Brasil ganhou na OMC uma disputa que considerou ilegais os subsídios norte-americanos ao algodão, mas produtores brasileiros argumentam que os EUA implentaram apenas uma pequena parte do que foi decidido pela organização.


Fonte: Invertia
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