Soja fecha no vermelho em Chicago nesta 2ª feira, com pressão ainda vinda dos fundamentos e dólar
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Os preços da soja testaram os dois lados da tabela na sessão desta segunda-feira (23), mas voltaram a perder força e terminaram o dia com baixas de 4 a 5 pontos nos principais vencimentos. O janeiro terminou a sessão com US$ 9,69 e o o maio, US$ 9,84 por bushel.
O mercado segue sofrendo com a falta de novas notícias, ainda atuando sob fundamentos baixistas neste momento. O que segue dando algum suporte às cotações é a movimentação dos derivados, como o óleo, que sobe mais de 1% neste início de semana. O farelo também chegou a subir, porém, passou também a recuar.
Além de um cenário já conhecido, com as projeções de uma safra recorde para o Brasil, estoques confortáveis nos EUA e a demanda que, apesar de crescer, não acompanhar o mesmo ritmo do crescimento da capacidade produtiva, os traders estão atentos também à questão climática.
"O La Niña está ganhando força. Os próximos 15 dias deverão ser de clima quente e seco na Argentina e sul do Rio Grande do Sul. O milho na Argentina vai começar a a sofrer. A Bosla de Cereales já reduziu as condições de lavouras em excelentes condições de 52% para 37% e, provavelmente, vai continuar piorando. A soja pode começar a sofrer também, se bem que ainda é cedo e o NOAA está mostrando que o La Niña deve perder força, mas vinha mostrando essa mudança desde novembro e nada ainda", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.
Além disso, o mercado também monitora o comportamento da demanda - principalmente pela ótica da competitividade entre a soja dos EUA e do Brasil - e o caminhar do dólar frente ao real. Nesta segunda, a moeda americana encerrou o dia com quase 2% de alta e sendo cotado a R$ 6,19, este último sendo fator de pressão sobre as cotações da oleaginosa.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de soja de 132 mil toneladas de soja para a China, sendo todo volume da safra 2024/25.
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