Açúcar sobe nesta 6ª feira impulsionado pelo petróleo mas fecha semana com variação negativa

Os futuros do açúcar fecharam esta sexta-feira (10) com ganhos nas bolsas de Nova York e Londres, impulsionados pelas altas do petróleo que superaram 3%. Mesmo assim, o adoçante acumulou nesta semana uma variação negativa, com perda de até 2,19% no contrato março/25 de NY.

De acordo com o que explicou o Barchart, os preços do petróleo bruto e da gasolina ficaram muito mais altos nesta sexta-feira, com o petróleo bruto registrando uma alta de 3 meses. Segundo o portal, a recuperação aconteceu depois que os Estados Unidos aumentaram as sanções contra o petróleo bruto russo.

Além disso, o relatório de folha de pagamento de dezembro dos EUA mais forte do que o esperado sinalizou força econômica que apoiou a demanda por energia e os preços do petróleo bruto. Com isso, os preços mais fortes do petróleo bruto beneficiam os valores do etanol e podem levar as usinas de açúcar globais a desviar mais moagem de cana para a produção do biocombustível.

Na Bolsa de Nova York, o contrato março/25 encerrou o dia cotado a 19,22 cents/lbp, com alta de 0,12 cents (+0,63%) em relação ao fechamento anterior. O maio/25 fechou em 18,07 cents/lbp, avançando 0,12 cents (+0,67%). O julho/25 subiu 0,10 cents (+0,57%), sendo negociado a 17,70 cents/lbp, enquanto o outubro/25 encerrou a sessão com alta de 0,09 cents (+0,51%), valendo 17,73 cents/lbp.

Considerando a variação semanal, o contrato março/25 registrou uma queda de 0,43 cents (-2,19%), partindo de 19,65 cents/lbp no dia 3 de janeiro. O maio/25 recuou 0,20 cents (-1,09%), enquanto o julho/25 apresentou uma redução de 0,13 cents (-0,73%). O outubro/25 encerrou a semana com uma leve baixa de 0,08 cents (-0,45%).

Na Bolsa de Londres, o contrato março/25 registrou alta de US$ 1,90 (+0,38%), encerrando o dia a US$ 503,50. O maio/25 subiu US$ 2,50 (+0,50%), cotado a US$ 507,40. O agosto/25 teve uma valorização de US$ 2,70 (+0,55%), negociado a US$ 497,40, enquanto o outubro/25 avançou US$ 2,70 (+0,55%), fechando em US$ 492,90.

Na semana, o contrato março/25 teve uma queda de US$ 10,70 (-2,08%) em relação aos US$ 514,20 registrados no início da semana. O maio/25 recuou US$ 6,60 (-1,28%), enquanto o agosto/25 apresentou uma baixa de US$ 6,60 (-1,31%). Já o outubro/25 caiu US$ 4,50 (-0,90%).

Segundo Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da Hedgepoint Global Markets, os resultados positivos da safra do Centro-Sul do Brasil após um ano muito seco surpreendeu o mercado e reforça as expectativas baixistas, conformou destacou em relatório da consultoria. Ela afirma ainda que como consequência desse cenário, os preços caíram para 19 cents/lbp e enfrentaram dificuldades para se recuperar. Desde a segunda quinzena de dezembro, quando as cotações voltaram a esse patamar, têm oscilado dentro dele.

Além disso, de acordo com Coda, houve também uma recuperação das lavouras no Hemisfério Norte, com destaque para a Tailândia e a possibilidade da Índia retomar exportações. Ela também cita no cenário marco que  um dólar forte e um real fraco incentivam os produtores brasileiros a fixar safras futuras, pressionando os preços do açúcar no curto prazo.

Mercado interno

No mercado físico brasileiro, o indicador Cepea Esalq mostra, em São Paulo, o açúcar cristal branco com valor de R$ 158,18/saca, com baixa 0,22%. O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 148,79/saca, após redução de de 0,83%. O cristal empacotado em São Paulo vale R$ 16,8962/5kg.. O refinado amorfo está cotado em R$ 3,7868/kg. O VHP tem preço de R$ 112,45/saca.

Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 151,59/saca. Na Paraíba, a cotação é de R$ 147,09/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 148,12/saca.