Produtores de soja em Roraima podem realizar plantio a partir de 19 de março
O vazio sanitário para a soja foi oficialmente encerrado em Roraima, permitindo que os produtores iniciem a semeadura para a colheita de 2025. A medida, instituída para combater a ferrugem asiática, visa interromper o ciclo de produção de esporos do fungo nas áreas produtivas do estado.
De acordo com a Portaria nº 1618, publicada pela Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) em 15 de setembro de 2023, o período de plantio vai de 19 de março a 26 de junho de cada ano. Caso haja alterações no cronograma, a Secretaria de Defesa Agropecuária fará a comunicação oficial.
O presidente da Aderr, Marcelo Parisi, destacou que Roraima deve ultrapassar 130.000 hectares de soja plantada, número que pode superar os 200.000 hectares quando consideradas também as culturas de arroz, feijão e milho. “O Estado vem crescendo exponencialmente nesses cultivos, o que gera aumento de emprego e renda para a população. A Agência tem atuado de forma estratégica para garantir a sanidade das lavouras e contribuir para o desenvolvimento sustentável do campo“, afirmou Parisi.
Ele também lembrou que, com o fim do vazio sanitário, “O produtor está agora livre para iniciar o plantio da soja, aguardando apenas as condições climáticas favoráveis para a safra de 2025“.
Parisi enfatizou ainda que o Programa de Controle da Ferrugem Asiática, lançado em junho de 2022 pelo governo estadual, permitiu a criação de um cadastro de todos os produtores de soja em Roraima, facilitando o controle da sanidade das lavouras. A medida é uma exigência do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
O que é o vazio sanitário?
O vazio sanitário é um período durante o qual é proibido cultivar ou manter soja, com o objetivo de interromper o ciclo de vida do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática. A estratégia, segundo a Embrapa, visa reduzir a propagação da doença e minimizar os danos à produtividade.
O diretor de Defesa Vegetal da Aderr, Marcos Prill, explicou que o principal dano causado pela ferrugem asiática é a desfolha precoce da planta, o que prejudica a formação dos grãos e diminui a produtividade. “O controle com agrotóxicos tem se mostrado eficaz, mas o uso contínuo pode favorecer o desenvolvimento de resistência do fungo“, alertou Prill.
Ferrugem asiática em Roraima
A ferrugem asiática da soja foi identificada no Brasil em 2001, e em Roraima foi oficialmente detectada em 2021, após análise do Ministério da Agricultura. A doença foi registrada em propriedades nos municípios de Alto Alegre e Iracema, após uma inspeção de rotina realizada pela ADERR. “Estamos preparados para adotar todas as medidas necessárias para combater a praga”, afirmou Parisi.
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