Argentina espera que conselho do FMI aprove na sexta-feira acordo de US$20 bilhões
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BUENOS AIRES (Reuters) - O governo da Argentina espera que o conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprove um acordo de empréstimo de US$20 bilhões no final da semana, disse um porta-voz do governo nesta quarta-feira, o que representaria um passo fundamental para impulsionar a economia em declínio do país.
Na terça-feira, o FMI anunciou o acordo, abrindo caminho para a votação em uma reunião do conselho prevista para sexta-feira.
"Para nós é extremamente importante que o FMI esteja a caminho de aprovar este acordo, que será finalizado na sexta-feira", disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni à estação de rádio El Observador.
O acordo com o FMI é fundamental para a Argentina sair da pior crise econômica em décadas. O país está emergindo de uma inflação de três dígitos, de uma recessão e de uma queda perigosa nas reservas cambiais, que permanecem no vermelho em termos líquidos.
O governo vem pressionando o FMI para que desembolse cerca de 40% dos fundos antecipadamente, o que, embora controverso, foi apoiado publicamente pela diretora do fundo, Kristalina Georgieva.
Na quarta-feira, uma fonte governamental próxima ao presidente da Argentina, Javier Milei, sugeriu que o primeiro desembolso poderia ser ainda maior, entre US$10 bilhões e US$12 bilhões, acrescentando que isso poderia ocorrer no início de maio.
A Argentina precisa desesperadamente do acordo para desbloquear os controles de capital aos investimentos, reforçar suas reservas cambiais esgotadas e sair da crise inflacionária.
"Esperamos que o primeiro desembolso chegue o mais rapidamente possível", disse a fonte do governo, acrescentando que o conselho do FMI ainda discute o cronograma.
O acordo dará ao governo margem de manobra para começar a desmantelar os controles cambiais em vigor desde 2019, sendo que o apoio do FMI deve ajudar a Argentina a recuperar o acesso aos mercados globais de capital após anos de bloqueio.
Embora o peso local tenha sofrido pressão nas últimas semanas, a fonte disse que o governo "nunca" desvalorizaria a moeda, ainda que os controles de capital possam ser flexibilizados a partir de julho ou agosto. Depois disso, "o mercado decidirá o valor do dólar".
A fonte não deu mais detalhes e o presidente Milei sugeriu anteriormente que os controles de capital não estariam mais em vigor depois do final do ano.
O país sul-americano já teve 22 programas com o FMI, incluindo um acordo de US$44 bilhões que ainda está sendo quitado.
(Reportagem de Lucila Sigal e Marta Lopez; texto de Rafael Escalera Montoto)
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