Ibrafe: está na hora de entrar com preços mínimos abaixo de R$ 152,91 por saca
Não há um produtor que acredite em preço mínimo, mas lei é lei — e, pelo menos, relembrá-los é nossa função. Diante deste cenário desafiador, parece ser o momento oportuno para que as federações de agricultura dos estados do Sul e as organizações de cooperativas iniciem o processo de solicitação de recursos governamentais para a formação de estoques reguladores. Essa medida poderia ajudar a estabilizar os preços e proteger os produtores contra perdas significativas.
Proposta de Redirecionamento das Compras Governamentais
Considerando que o Feijão-carioca mantém preços relativamente mais elevados, enquanto há excedente de Feijão-preto no mercado, não é preciso ser gênio para concluir que todas as compras governamentais para cestas básicas, ajudas humanitárias, escolas, unidades militares e presídios deveriam, a partir de agora, priorizar a variedade de Feijão-preto, que está com oferta abundante e preços deprimidos.
Articulação Institucional
Esta recomendação será encaminhada por meio da Câmara Setorial, para conhecimento e possível implementação pela CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). É importante observar, contudo, que esta instituição não está mais subordinada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o que pode adicionar uma camada de complexidade ao processo de articulação institucional.
Outra alternativa já está em andamento: as exportações de Feijão-preto já atingiram a expressiva marca de 17 mil toneladas. Entretanto, esse volume ainda não foi suficiente para reverter a tendência de baixa nos preços domésticos. Produtores relatam crescente preocupação com indicações de preços abaixo de R$ 150 para a nova safra.
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