Soja desacelera ganhos em Chicago, mas focada em encontro entre representante de China e EUA neste sábado
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Os preços da soja já chegaram a testar altas fortes na manhã desta quarta-feira (7) diante da notícia de que representates oficiais dos governos da China e dos EUA irão se encontrar neste sábado, em Genebra, na Suíça, porém, o mercado perdeu força no início desta tarde. Perto de 12h30 (horário de Brasília), as cotações subiam apenas entre 1,50 e 4 pontos nos contratos mais negociados, com o julho valendo US$ 10,42 e o setembro, US$ 10,19 por bushel.
"Sempre batemos nessa tecla: o acordo entre EUA e China poderia sair a qualquer momento. A confirmação do encontro na Suíça entre os dias 9 e 12 de maio deixou isso ainda mais evidente. O mercado em Chicago, claro, reagiu com alta nos futuros da soja e milho. Não foi nada extraordinário, coisa de 1%, aquela animação contida de quem já viu esse filme antes", afirma o diretor e analista de mercado da Royal Rural, Ronaldo Fernandes.
O especialista destaca ainda que, desta vez, é preciso considerar que o mercado já conhece os padrões do conflito e, consequentemente, das negociações.
"Os EUA vão querer forçar os chineses a comprar mais produtos americanos, especialmente soja, milho, carne, enfim, tudo que ajude a equilibrar a balança comercial americana. O mistério agora é descobrir quanto exatamente os chineses terão que comprar. É esse número que vai ditar o humor de Chicago daqui pra frente", diz.
Estarão reunidos o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o negociador-chefe comercial Jamieson Greer, com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng. Segundo especialistas, este pode ser o primeiro passo para um acordo efetivo entre as duas maiores economias do mundo, após o tarifaço imposto pelo presidente americano Donald Trump no último dia 2 de abril.
O mercado segue atento também ao comportamento do clima nos EUA, do ritmo do plantio da safra norte-americana 2025/26 e dos cenários geopolíticos e macroeconômicos que vão além da guerra comercial China-EUA, mas também se ajusta antes da chegada dos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na segunda-feira, 12 de maio, em seu novo boletim mensal de oferta e demanda.
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