Preços da soja fecham em alta em Chicago nesta 3ª, mas recuam nos portos pressionados pelo dólar
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O mercado da soja fechou a sessão desta terça-feira (13) em alta na Bolsa de Chicago, se recuperando depois das baixas observadas mais cedo, em um movimento de realização de lucros. As cotações terminaram o dia subindo entre 2,25 e 5 pontos nas posições mais negociadas, com o julho concluindo a sessão com US$ 10,75 e o setembro com US$ 10,54 por bushel.
Os futuros do grão acompanharam uma nova disparada do óleo de soja, que subiu mais de 3% nesta terça, acompanhando novas e boas altas do petróleo, e de novas propostas apresentadas no Congresso Americano para políticas de biocombustíveis nos EUA.
Assim, o julho foi a 51,65 cents e o setembro a 51,77 cents de dólar por libra-peso, com os derivados testando as máximas do mês.
"A soja foi junto do rally do óleo, mesmo com o rápido avanço do plantio do milho nos EUA", informou a Agrinvest Commodities.
E foi justamente o ritmo intenso de plantio da safra 2025/26 dos Estados Unidos que limitou ganhos ainda mais intensos da soja em grão na CBOT. De acordo com os últimos números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unido), a área plantada de soja no país, até o último domingo, era de 48%, contra 47% das expectativas do mercado e 37% da média dos últimos cinco anos.
DÓLAR E PREÇOS NO BRASIL
Outro fator que também deu suporte aos preços da soja em Chicago foi a queda forte do dólar frente ao real. A moeda americana perdeu mais de 1% e voltou para a casa dos R$ 5,60. E embora a o movimento tenha ajudado as cotações na CBOT, foi fator de pressão sobre os preços no mercado brasileiro.
Segundo explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, os preços nos portos foram os que mais sentiram e apresentaram indicativos de até R$ 1,00 a menos por saca do que no dia anterior. "Os preços sentiram mais forte a pressão do dólar porque nos prêmios quase nada mudou", relata.
E orientou sobre a cautela que o produtor precisa ter para ir avaliando as oportunidades e aproveitá-las para dar sequência aos negócios.
"O produtor espera que a soja vá dar um salto de R$ 5,00 a R$ 10,00 por saca e isso não vai acontecer sem um motivo muito forte. O mercado (em Chicago) deu uma estabilizada, segue com suporte nos US$ 10,50, a resistência nos US$ 11,00 e o mercado interno vai tentando se segurar em patamares melhores do que estava na semana passada", afirma o consultor.
Brandalizze afirma ainda que esta sem sido uma semana de poucos novos negócios, como o fluxo de vendas mais contido neste momento, "porque o produtor fez muitas vendas na semana passada para pagar conta e quem não vendeu na semana passada está segundo um pouquinho para negociar amanhã, quem sabe com o mercado podendo pagar um pouquinho mais com novos ajustes de Chicago".
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