SLC projeta retomar alavancagem ideal em meados de 2026 e não vê risco para dividendos
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SÃO PAULO (Reuters) - A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos e algodão do Brasil, avalia que poderá voltar a patamares mais baixos de alavancagem em meados de 2026, após uma série de aquisições, disse nesta quarta-feira seu diretor financeiro Ivo Brum.
Segundo ele, no segundo semestre de 2025 acontecem as entregas do algodão colhido em 2024/25, e há "muita geração de caixa" após uma boa colheita de soja, já concluída. Dessa forma, a empresa não deve demorar para retomar o nível de alavancagem medido pela dívida líquida ajustado/Ebitda ajustado em patamar abaixo de 2x, considerado ideal.
"Estamos em tranquilos quanto a isso, não vemos nenhum risco de redução do 'payout' dos dividendos, não passa dentro da administração nenhum estudo neste sentido, apesar de a taxa de juros estar mais alta, a gente comporta totalmente este momento", afirmou Brum, durante teleconferência de resultados.
A SLC divulgou na terça-feira um lucro líquido de R$510,7 milhões no primeiro trimestre, mais que dobrando ante o mesmo período do ano passado.
O executivo destacou que até "meados de 2026" a SLC já estará nos patamares ideais de alavancagem.
"Este ano produzimos super bem soja, o Ebitda já subiu e já equilibrou essa relação."
Mas a empresa fechou o primeiro trimestre com o indicador de alavancagem de 2,27x, versus 1,8x no final do ano passado.
A dívida líquida ajustada encerrou o primeiro trimestre de 2025 em R$5,2 bilhões, apresentando um aumento de R$1,5 bilhão em relação a 2024, principalmente pelos investimentos na aquisição de terras e pelo pagamento da última parcela de aquisição da participação minoritária na SLC LandCo.
"Fizemos bastante investimentos recentemente, isso mudou o nosso patamar de dívida, mas a gente se preparou para este momento", acrescentou o executivo.
A companhia projeta aumentar em 13,6% a área plantada em 2025/26 ante o ciclo anterior, para 837 mil hectares, fruto das aquisições, o que o diretor também espera que se reflita em bons resultados para empresa.
(Por Roberto Samora)
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