Atraso na colheita, câmbio e demanda interna estão sustentando preços do milho no Brasil
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A sexta-feira (25) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações também acumularam recuos ao longo desta semana.
Segundo o analista de inteligência de mercado de milho da StoneX, Raphael Bulascoschi, as últimas semanas tem sido negativas para as cotações do milho em Chicago devido, principalmente, as projeções de grande produção do cereal nos Estados Unidos em 2025.
Bulascoschi destaca que houve incremento de área em relação à temporada passada e o mercado espera produção recorde no país. O que pode trazer alguma sustentação é a demanda por exportações de milho dos EUA.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,99 com desvalorização de 2,25 pontos, o dezembro/25 valeu US$ 4,19 com queda de 1,75 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,36 com baixa de 1,75 pontos e o maio/26 tinha valor de US$ 4,46 com queda de 1,75 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (24), de 0,56% para o setembro/25, de 0,42% para o dezembro/25, de 0,40% para o março/26 e de 0,39% para o maio/26.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 2,2% para o setembro/25, de 2,05% para o dezembro/25, de 1,85% para o março/26 e de 1,81% para o maio/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (18).
Mercado Brasileiro
Os preços do milho no Brasil estão passando por um período de movimentações lateralizadas e cotações mais próximas da estabilidade.
De acordo com Raphael Bulascoschi, quando a colheita da segunda safra de milho começou há algumas semanas, houve forte pressão nos preços do cereal no país, mas agora existe mais sustentação.
O analista explica que a pressão baixista encontrou resistência no atraso das atividades de colheita, nas movimentações cambiais com o dólar subindo ante ao real e na demanda interna por milho que está bastante aquecida.
Na visão de Bulascoschi, conforme a colheita seguir avançando e ganhando mais ritmo pelo Brasil, é possível que novos movimentos de queda apareceram nos preços tanto na B3 quanto no mercado físico.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho contabilizou elevações neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Porto de Santos/SP. Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Sorriso/MT, São Gabriel do Oeste/MS e Eldorado/MS.
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,65 com queda de 0,08%, o novembro/25 valeu R$ 68,63 com perda de 0,10%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 72,18 com baixa de 0,10% e o março/26 teve valor de R$ 74,90 com desvalorização de 0,39%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram ganhos de 0,31% para o setembro/25, de 0,63% para o novembro/25, de 0,24% para o janeiro/26 e de 0,74% para o março/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (18).
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