Preço do milho segue lateralizado no Brasil com cabo de guerra entre grande oferta e produtor segurando as vendas
Preço do milho segue lateralizado no Brasil com cabo de guerra entre grande oferta e produtor segurando as vendas
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A sexta-feira (26) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT) e acumulando perdas semanais.
Segundo o analista de mercado da Pátria Agronegócio, João Vitor Bastos, o mercado de Chicago segue muito pressionado pela oferta grande de milho que entrará nos Estados Unidos com uma colheita que já começou e é prevista como recorde.
Por outro lado, o analista destaca que há suporte para as cotações internacionais vindo da demanda, já que as exportações do cereal norte-americano estão robustas e com ritmo mais acelerado do que em anos anteriores.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,22 com desvalorização de 3,75 pontos, o março/26 valeu US$ 4,38 com baixa de 3,50 pontos, o maio/26 foi negociado por US$ 4,48 com queda de 3,25 pontos e o julho/26 teve valor de US$ 4,54 com perda de 2,50 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (25), de 0,88% para o dezembro/25, de 0,79% para o março/26, de 0,72% para o maio/26 e de 0,55% para o julho/26.
No acumulado semanal, os vencimentos do cereal norte-americano registraram quedas de 0,47% para o dezembro/25, de 0,57% para o março/26, de 0,67% para o maio/26 e de 0,60% para o junho/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (19).
Mercado Interno
Na Bolsa Brasileira (B3) os preços futuros do milho também finalizaram o pregão desta sexta-feira com leves baixas, mas com cotações se mantendo lateralizadas.
João Vitor Bastos explica que o mercado brasileiro vive um momento de cabo de guerra nos preços. De um lado há forte pressão negativa vinda da grande produção, que deve chegara a 138 milhões de toneladas na soma das três safras. Por outro, os produtores seguram as vendas, o que impede grandes flutuações das cotações.
Na visão do analista, a manutenção dos preços sem grandes recuos durante todo o processo de colheita da segunda safra pode trazer um efeito colateral perigoso, a queda nos preços na reta final do ano, momento em que as cotações costumam apresentar valorização, já que as vendas estão lentas e há grande oferta ainda nas mãos dos produtores.
Para Bastos, o que pode evitar esse movimento é um avanço mais robusto das exportações brasileiras de milho, mas isso esbarra na dificuldade da falta de competitividade do cereal nacional ante a outras originações.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho ficou praticamente inalterado neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Sorriso/MT.
O vencimento novembro/25 foi cotado a R$ 66,20 com baixa de 0,39%, o janeiro/26 valeu R$ 69,10 com perda de 0,22%, o março/26 foi negociado por R$ 71,85 com alta de 0,07% e o maio/26 teve valor de R$ 70,54 com queda de 0,07%.
No acumulado semanal, os vencimentos do cereal brasileiro registraram desvalorizações de 1,71% para o novembro/25, de 1,50% para o janeiro/26, de 1,84% para o março/26 e de 1,82% para o maio/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (19).
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