MPPR denuncia dono da Cerealista Fruet por golpe milionário contra produtores rurais em Campo Bonito/PR

Publicado em 14/10/2025 09:57
Empresário é acusado de lesar mais de 120 agricultores e causar prejuízo superior a R$ 20 milhões; ele está foragido e tem mandado de prisão em aberto.

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O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da Promotoria de Justiça de Guaraniaçu, denunciou nesta sexta-feira (10) um empresário de 72 anos, Celso Fruet, dono da Cerealista Fruet, do ramo de cereais, acusado de aplicar golpes que lesaram pelo menos 120 produtores rurais no município de Campo Bonito, no Oeste do estado. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 20,3 milhões. O investigado tem mandado de prisão em aberto e é considerado foragido pela polícia.

De acordo com o MPPR, o homem era proprietário de uma cerealista na região e, mesmo após vender o empreendimento a uma cooperativa local, continuou negociando grãos com agricultores como se ainda fosse o dono. Ele recebia mercadorias, mas não realizava os pagamentos devidos. As investigações apontam que o empresário se utilizava da estrutura da antiga empresa para aplicar os golpes e obter enriquecimento ilícito.

Segundo a promotora de Justiça Ana Carolina Lacerda Schneider, o esquema envolvia a comercialização irregular de soja e trigo armazenados nos silos da cerealista. “Ele recebia e vendia os grãos sem autorização das vítimas e sem efetuar o pagamento”, explicou.

As vítimas descobriram o golpe em 21 de julho, quando foram até o armazém e constataram que o local havia sido vendido e que os grãos já não estavam mais lá. O empresário havia assinado o contrato de venda da empresa em 6 de junho deste ano, sem comunicar os produtores sobre a transação.

As apurações também revelaram que o denunciado já havia praticado golpes semelhantes em anos anteriores nos municípios de Capanema e Catanduvas, embora esses casos estejam prescritos.

O MPPR denunciou o empresário por 124 ocorrências de estelionato (artigo 171 do Código Penal), sendo 38 delas envolvendo vítimas idosas. Além das penas previstas em lei, o Ministério Público requereu o pagamento de indenização mínima para reparação dos danos causados. As medidas cautelares solicitadas pela Promotoria tramitam sob segredo de Justiça.

O Notícias Agrícolas está tentando entrar em contato com o advogado do acusado para mais esclarecimentos sobre o caso. 

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Por:
Andressa Simão | Instagram @apautadodia
Fonte:
Notícias Agrícolas

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