Banana/Cepea: Como foi a produção de banana em 2025?

Publicado em 28/11/2025 08:52

No Vale do Ribeira (SP) e no Norte de Santa Catarina, o clima no final de 2024 foi de chuvas regulares e altas temperaturas, o que favoreceu a produção de banana nanica. Houve a necessidade de maiores tratos culturais, estimulados também pelos preços mais altos do ano anterior e da substituição de bananais de prata por nanica nas regiões produtoras do Norte de MG e Bom Jesus da Lapa (BA). Com isso, houve aumento significativo de fruta no cenário nacional, com pico de oferta entre abril e junho, o que pressionou os valores no período, que ficaram abaixo dos custos de produção. Apesar das baixas temperaturas entre junho e setembro nas duas regiões, e com geadas no Norte de Santa Catarina, havendo prejuízos à qualidade da casca (chilling) e também à redução da produção - elevando as cotações. A média dos valores da nanica entre janeiro e outubro foi menor que a de 2024; a variedade de primeira qualidade fechou em R$ 1,54/kg na média das regiões, recuo de 18% no comparativo. 

Por outro lado, nas regiões produtoras de banana prata, como norte de Minas Gerais, Delfinópolis (MG), Vale do São Francisco (BA/PE) e Bom Jesus da Lapa (BA), a incidência do mal-do-panamá aumentou. Como ocorrido em 2024, neste ano, a doença causada pelo fungo Fusarium oxysporum afetou significativamente os bananais, sobretudo de prata. De acordo com colaboradores do Hortifrúti/Cepea, a doença é responsável por atacar as raízes e afetar o sistema vascular da planta, prejudicando o transporte de água e nutrientes - o que reduz a produtividade, a qualidade dos frutos e a vida da planta -, causando, muitas vezes, a perda total das áreas. Tanto em 2024, quanto em 2025, um dos principais motivos para o aumento das áreas de nanica foi a elevação e a dificuldade no controle da doença, que reduziu significativamente as lavouras de prata, incentivando produtores a trocarem a variedade produzida pela banana nanica (variedade que é mais resistente à doença). Porém, mesmo assim, como houve aumento de área, a oferta de prata foi um pouco superior a 2024, o que resultou em preços menores frente ao ano anterior. A média das cotações nas regiões produtoras de prata de qualidade superior foi de R$ 3,17/kg entre janeiro e outubro, 26% menor que no mesmo período do último ano. Para o início de 2026, é esperado um aumento no volume de nanica, mas com menor intensidade frente ao observado no começo de 2025, devido à manutenção das áreas e ao menor investimento em tratos durante o segundo semestre, o que pode resultar em preços mais remuneradores. Já a prata deve ter volume menor até maio/26, garantindo cotações mais elevadas durante esses meses.  

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