Inmet prevê chuvas em dezembro acima da média no Centro-Oeste e Sudeste e déficit no Sul

Publicado em 28/11/2025 17:03 e atualizado em 28/11/2025 18:02
Cenário climático tende a favorecer culturas de verão, apesar do risco de estiagem no Sul, de acordo com prognóstico divulgado nesta sexta-feira

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O prognóstico climático do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para dezembro de 2025 indica um mês marcado por contrastes no regime de chuvas pelo país, com volumes acima da média em áreas do Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste e precipitações abaixo do esperado em praticamente toda a Região Sul.

Dezembro2025_INMET

No mapa de precipitação, o Inmet projeta chuva acima da média em grande parte das regiões Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste. Já no Sul, a previsão aponta acumulados inferiores à climatologia histórica em quase toda a região, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde os volumes podem ficar até 75 milímetros abaixo da média, especialmente no oeste do estado. Santa Catarina e o oeste do Paraná também devem registrar déficit de chuva em dezembro.

Na Região Norte, os acumulados podem superar a média histórica em até 50 milímetros em áreas do centro-sul e centro-norte do Amazonas, no centro-sul do Tocantins, na maior parte do Pará e em quase todo o Amapá — com possibilidade de exceder a média em até 150 milímetros em pontos do Tocantins e do Amapá.

Por outro lado, o prognóstico indica chuvas abaixo do normal em quase todo o Acre, no oeste do Amazonas e no centro-sul do Pará, enquanto as demais áreas devem ficar próximas da média do período.

No Nordeste, a tendência é de precipitações acima da média em praticamente toda a Bahia e no Piauí, com volumes próximos do normal nos demais estados. A exceção fica para áreas pontuais do norte do Maranhão, onde as chuvas podem ficar abaixo do esperado.

O Centro-Oeste aparece como uma das regiões mais beneficiadas pelo padrão de dezembro. São previstos volumes acima da média em praticamente todo o Goiás, no oeste de Mato Grosso e no leste de Mato Grosso do Sul. Em contrapartida, o centro de Mato Grosso e o noroeste de Mato Grosso do Sul podem enfrentar volumes inferiores à climatologia.

No Sudeste, o prognóstico também é favorável: Minas Gerais e Rio de Janeiro devem registrar chuvas acima da média, assim como grande parte de São Paulo. No Espírito Santo, a previsão é de precipitações próximas do padrão histórico para o mês.

Impactos nas lavouras

No Centro-Oeste, o quadro é majoritariamente positivo para a soja e o milho da primeira safra, que avançam do estágio vegetativo ao florescimento nas áreas plantadas mais cedo. O Inmet, porém, alerta para a possibilidade de curtos períodos de restrição hídrica em pontos do norte de Mato Grosso e do oeste de Mato Grosso do Sul, o que pode afetar lavouras implantadas mais tardiamente. A combinação de calor e umidade também pode intensificar a pressão de pragas e doenças foliares.

No Sudeste, a expectativa de chuvas acima da média, somada a temperaturas elevadas, deve favorecer a semeadura e o estabelecimento inicial das culturas de verão, além de garantir a reposição da umidade do solo — fator crucial para culturas perenes como café e cana-de-açúcar.

Já no Sul, apesar do déficit hídrico previsto, as condições mais secas e quentes tendem a beneficiar o estágio final das culturas de inverno e as operações de colheita, reduzindo a incidência de doenças fúngicas e acelerando a maturação das lavouras de verão.

No Norte, a combinação de temperaturas elevadas e chuvas abaixo da média em partes do Pará, Amazonas e Acre pode elevar o risco de déficit hídrico, afetando culturas permanentes como cacau, açaí e fruticultura tropical, com reflexos na frutificação, no peso dos frutos e na qualidade das amêndoas de cacau.

Em contrapartida, onde a chuva deve ficar acima da média — especialmente no Amapá, no extremo norte e sul do Amazonas e no Baixo Amazonas —, o cenário favorece o crescimento das culturas, a recomposição da umidade do solo e a recuperação das pastagens.

No Nordeste, as chuvas acima da média, associadas a temperaturas mais altas, tendem a sustentar o bom desenvolvimento de feijão, milho e fruticultura irrigada. Para lavouras em enchimento de grãos, a oferta hídrica adicional contribui para maior uniformidade e redução das perdas por estresse térmico, segundo o Inmet.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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