Prognóstico do Inmet destaca condição agroclimática durante o verão para todo o Brasil
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O prognóstico agroclimático do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o período entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026 indica um verão marcado por contrastes entre as regiões brasileiras, com impactos diretos sobre o andamento da safra de grãos, a formação de pastagens e o manejo das lavouras.
No Centro-Oeste, o prognóstico trimestral do Inmet indica chuvas próximas ou acima da média em grande parte de Mato Grosso, no centro-oeste do Mato Grosso do Sul e no extremo sul de Goiás. Em contrapartida, áreas do sudoeste mato-grossense, noroeste sul-mato-grossense, Distrito Federal e centro-norte de Goiás podem registrar volumes abaixo da média. As temperaturas tendem a permanecer acima do padrão histórico em toda a região, com desvios de até 1 °C.
O Inmet destaca que o armazenamento hídrico do solo deve superar 50% na maior parte da região, podendo ultrapassar 80% em janeiro, favorecendo o plantio e o estabelecimento da soja e do milho, apesar do risco pontual de excesso hídrico em dezembro e janeiro.
No Sudeste, o prognóstico é de chuvas acima da média histórica em São Paulo, centro-sul de Minas Gerais e Espírito Santo. Já o centro-norte mineiro e áreas pontuais do Rio de Janeiro e do nordeste paulista podem ter precipitações próximas ou abaixo da média. As temperaturas seguem acima do padrão em grande parte da região.
Segundo o Inmet, o armazenamento de água no solo tende a ficar acima de 70% na maioria das áreas, favorecendo o desenvolvimento das lavouras, embora o norte de Minas Gerais, o Espírito Santo e o norte fluminense ainda possam enfrentar déficit hídrico mais persistente entre janeiro e fevereiro.
Na Região Sul, o relatório indica chuvas acima da média no norte e leste do Paraná e no litoral de Santa Catarina, enquanto o sudoeste do Rio Grande do Sul pode registrar redução mais significativa dos volumes. As temperaturas devem permanecer acima da média em praticamente toda a região.
Para a região, o Inmet projeta elevados níveis de umidade no solo no Paraná, Santa Catarina e nordeste gaúcho, o que pode dificultar a colheita do trigo e atrasar a semeadura da soja e do milho. No Rio Grande do Sul, a disponibilidade hídrica tende a ficar próxima da climatologia, com atenção para o extremo sul, onde pode ocorrer déficit pontual.
No Norte, a previsão é de chuvas acima da média histórica na maior parte da região, garantindo elevados níveis de armazenamento hídrico e condições favoráveis às culturas. Contudo, o sudeste do Pará e o Tocantins devem registrar volumes abaixo da média. As temperaturas permanecem acima do padrão em toda a região.
O Inmet alerta para déficits hídricos mais intensos em dezembro no noroeste do Pará, extremo oeste do Amapá e em Roraima, situação que pode comprometer culturas implantadas precocemente e a formação de pastagens. A partir de janeiro, a tendência é de melhora gradual, com fevereiro marcado por maior regularidade das chuvas, exceto em Roraima.
No Nordeste, o prognóstico mostra chuvas abaixo da média no interior da região, enquanto áreas do norte do Maranhão, Piauí e Ceará devem registrar volumes próximos do padrão histórico. As temperaturas seguem acima da média, principalmente no interior.
Por fim, o Instituto destaca que o armazenamento hídrico do solo deve permanecer baixo em grande parte da região, com intensificação do déficit em dezembro, o que pode limitar o desenvolvimento das culturas de sequeiro. Em áreas do Maranhão, oeste do Piauí e da Bahia, além do extremo norte do Ceará, a expectativa é de recuperação gradual da umidade do solo até fevereiro de 2026.
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