Café: Chuvas no BR consolidam baixas de 2% em NY no fechamento desta 3ª feira (16)
![]()
Os preços do café se consolidaram com fortes baixas nas bolsas internacionais no fechamento da sessão desta terça-feira (16).
Segundo o Barchart, os preços estenderam a queda de duas semanas, com o arábica caindo para a mínima em 3 semanas e o robusta para a mínima em 4 meses, diante a perspectiva de chuvas abundantes no Brasil, que trazem certo alívio as preocupações para o desenvolvimento da safra de 2026.
O robusta está pressionado pela melhor safra vinda do Vietnã. Em 5 de dezembro, o Escritório Nacional de Estatísticas do Vietnã informou que as exportações do país em novembro registraram um aumento de 39% em relação ao ano anterior, atingindo 88.000 toneladas, e que as exportações de janeiro a novembro cresceram 14,8% em relação ao ano anterior, totalizando 1,398 milhão de toneladas. Informações do portal internacional Bloomberg destacam ainda que a produção em 2025-26 do Vietnã deverá ser 10% superior à da temporada anterior.
De acordo com o analista de café da StoneX, apesar das fortes chuvas que atingiram o Vietnã nos últimos meses, não há relatos de perdas significativas. "O clima já está mais regular e permitindo assim o avanço da colheita. E essa entrada de novos grãos no mercado vindos do Vietnã e também da Colômbia, estão contribuindo para o movimento de baixas nas bolsas internacionais, pois a maior disponibilidade do produto traz um certo alívio para a justa oferta global", completou o analista.
Leia mais:
Relatório do Itaú BBA aponta que para o próximo ano, existe a expectativa de melhora considerável na produção de arábica e estabilidade a leve queda na produção de robusta, o que aumentará o superávit de 7 milhões de sacas entre produção e consumo global.
Em NY, o arábica fecha o dia registrando queda de 840 pontos no valor de 382,55 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, uma baixa de 820 pontos negociado por 352,20 cents/lbp no de março/26, e uma desvalorização de 825 pontos no valor de 336,60 cents/lbp no de maio/26.
Já o robusta encerra com recuo de US$ 107 no valor de US$ 3,935/tonelada no contrato de janeiro/26,e uma perda de US$ 91 no de março/26 e maio/26 cotado por US$ 3,823/tonelada e US$ 3,763/tonelada.
Mercado Interno
Boletim do Escritório Carvalhaes aponta que no mercado físico brasileiro os produtores seguem não mostrando disposição de venda nas bases oferecidas pelos compradores, embora exista grande interesse comprador para todos os padrões de café.
Nas áreas monitoradas pelo NA, o Café Arábica Tipo 6 registra baixa de 2,20% em Varginha/MG no valor de R$ 2.220,00/saca, um recuo de 1,74% em Franca/SP no valor de R$ 2.260,00/saca, e uma perda de 1,38% em Guaxupé/MG negociado por R$ 2.144,00/saca. Já o Cereja Descascado encerra com recuo de 2,13% em Varginha/MG cotado por R$ 2.300,00/saca, e uma desvalorização de 0,44% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.265,00/saca.
0 comentário
Desvalorização do real consolida fortes quedas nos preços do café no fechamento desta 4ª feira (17)
Retorno das chuvas no Sul de Minas Gerais traz certo alívio as lavouras de café
Preços do café seguiam em baixa nas bolsas internacionais na manhã desta 4ª feira (17)
Café/Cepea: Apesar de menor volume embarcado, exportadores têm ganho em receita
Café: Chuvas no BR consolidam baixas de 2% em NY no fechamento desta 3ª feira (16)
Boa safra/25 do Vietnã traz alívio para o mercado global do café