Venezuela assume o controle de processadoras de café
Nos últimos meses, Chávez ocupou e desapropriou várias empresas de produção de alimentos básicos, como arroz e macarrão, com o objetivo de acabar com iminente desabastecimento destes produtos no mercado interno, que, segundo o governo, é provocado pelo comportamento dos empresários. A queda da produção do café pode ainda fazer com que o país, tradicional exportador, tenha que importar o grão.
De acordo com a Federação Nacional das Associações de Produtores Agropecuários(Fedeagro), ambas as empresas controlam 70% do mercado venezuelano de café. A entidade, crítica do governo Chávez, disse que a queda na produção pode forçar a Venezuela a importar grandes quantidades de café neste ano para suprir a demanda doméstica.
Segundo o ministro da Agricultura do país, Elías Jaua, a medida pretende "garantir o abastecimento do povo venezuelano e fazer uma auditoria profunda para determinar o que foi feito com o café produzido". "Se a auditoria demonstrar que houve contrabando, práticas desleais e monopolistas, poderemos estar diante de uma nacionalização destas empresas", disse o ministro, ressaltando que todos os trabalhadores estão com seus empregos garantidos.
A crise entre governo e as empresas privadas do setor de alimentos se arrasta desde o locaute empresarial de 2002, no auge da crise política do país, quando os principais produtores paralisaram a produção e abastecimento de alimentos por 62 dias, em uma tentativa de derrocar o governo de Hugo Chávez. As consequências dessa permanente disputa têm sido o eventual desabastecimento de produtos da cesta básica nas grandes redes de supermercados.
O governo acusa os empresários de especulação e estocagem de alimentos com o fim de gerar um falso desabastecimento no país. Já os empresários do setor, argumentam que as regras impostas pelo governo para a comercialização tornariam a atividade pouco competitiva e desestimularia a produção.
Além do setor agrícola, desde 2007, o governo tem tomado controle dos setores considerados estratégicos. Desde então, foram nacionalizadas as companhias de telecomunicações e de eletricidade, a faixa petrolífera do rio Orinoco, a maior indústria siderúrgica do país e empresas de cimento, além da estatização de uma das maiores instituições financeiras do país, o Banco da Venezuela, que pertencia ao grupo espanhol Santander.
0 comentário
Onda de calor no Brasil consolida ganhos do café arábica no fechamento desta 6ª feira (26)
Após Natal, preços do café arábica trabalham em campo misto em NY nesta 6ª (26)
Mais da metade do café analisado em compras públicas no Paraná apresenta fraude, aponta fiscalização
Dedicação e resiliência: Desafios climáticos não conseguiram abalar a qualidade dos cafés brasileiros
Após fortes oscilações, mercado cafeeiro fecha sessão desta 3ª feira (23) em lados opostos nas bolsas internacionais
Preços do café robusta sobem em Londres na manhã desta 3ª feira (23) diante demora nas vendas no Vietnã