Lucas do Rio Verde: Suinocultura, um investimento altamente viável
Os porcos foram trazidos ao Brasil por Martim Afonso de Sousa em 1532. No início, os porcos brasileiros eram provenientes de cruzamentos entre as raças portuguesas, e não havia preocupação alguma com a seleção de matrizes. Com o tempo, criadores brasileiros passaram a desenvolver raças próprias. Uma das melhores raças desenvolvidas no Brasil é o Piau. É branco-creme com manchas pretas, pesa 68 kg aos seis meses, e 160 com 1 ano. Capado e velho, pesa mais de 300 kg. Destina-se à produção de carne e toucinho. O Canastrão é melhor do que a raça lusitana Bizarra, da qual descende. Outras raças desenvolvidas no Brasil incluem o “Canastra, o Sorocaba o Tatu e o Carunchinho.”
Nos últimos anos, com a popularização das técnicas de melhoramento genético, o plantel brasileiro se profissionalizou. Também contribuiu a importação de animais das raças Berkshire, Tamworth e Large Black, da Inglaterra, e posteriormente das raças Duroc e Poland China. A partir da Década de 1930 chegaram as raças Wessex e Hampshire, e depois o Landrace e o Large White.
O Brasil é um grande exportador de carne suína, tendo exportado 60 mil toneladas em 2002. Seus maiores clientes são a Rússia, a Argentina e a África do Sul. Em 2004, o mercado encontrava-se em uma crise de abastecimento, com a demanda subindo e o plantel diminuindo. A causa da crise foi o desabastecimento de ração animal, proveniente do milho, e a falta de planejamento do setor. Ainda assim, espera-se que a exportação anual de suínos chegue a 250 mil toneladas até 2006.
A suinocultura é um investimento agregado junto à produção de grãos, podendo ser incorporada como uma alternativa rentável para as famílias rurais. O município de Lucas do Rio Verde conta com uma atividade potencial, pois gera produção de milho e soja suficientes para a manutenção da cadeia regional, como também para manter as cadeias provenientes de outros estados.
A suinocultura é um investimento altamente viável devido à rapidez do retorno sobre o capital investido, pois essa é uma atividade de curto prazo, isso porque um suíno está pronto para o abate com apenas 90 dias.
Um dos fatores importantes sobre essa atividade é a parceria que se forma em torno dessa produção. Empresas com potencial de investimentos têm nessa atividade sua fonte de sustentação bancando o financiamento para as estruturas, rações, matrizes e medicamentos, além de treinar a mão-de-obra.
Assim os produtores locais e as empresas unem-se em uma espécie de parceria onde há a produção e entrega da matéria-prima, o treinamento da mão-de-obra e comercialização dos equipamentos e estruturas físicas e a industrialização e comercialização do produto final. Temos ainda como fatores de destaque o clima, a água, a matéria-prima em abundância e a mão-de-obra.
Outro fator é o interesse pela carne suína em outros países. O nível de exportação de carne suína cresceu consideravelmente nos últimos anos.
2 comentários
FACTA fortalece integração na cadeia de proteína animal e encerra 2025 com mais de dois mil participantes em eventos técnicos
Média diária exportada de carne de frango avança 16,4% até a segunda semana de dezembro/25, mas recua no preço pago
Carne suína: Faturamento diário salta mais de 51% até a segunda semana de dezembro/25
México abre investigações comerciais sobre algumas importações de carne suína dos EUA
Preços dos suínos em São Paulo mantêm estabilidade por 12 semanas; expectativa de aquecimento no mercado na próxima semana
Ovos/Cepea: Produção desacelera, mas cotações seguem enfraquecidas
Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF
Além das verdades do Silvio, analistas entendem que as grandes processadoras totais são as grandes vilãs da suinocultura no Brasil, UMA VERGONHA e tirando o sangue de produtores familiares e contaminando tudo o que podem. Na prática, sabe-se que elas ganham muito dinheiro com processados suínos para reduzirem a proximo a zero os custos com processamentos e exportações de aves. Pior é que o Governo, universidades e a maioria das Entidades tudo sabem, mas ninguem se manifesta e a maioria até se omite. As entidades alegam que o consumo interno não aumenta por falta de padrão e cortes sem gorduras expostas, mas, na verdade, as grandes industrias não se interessam em verder carne, pois presunto, bacon até sub-produtos para feijoada dão muito mais dinheiro. Lembro que em bovinos as perdas no processamento/cozimento são de 50% do peso-vivo; em frangos de 44%(até 18% de água 26% de ossos/cartilagens)e em suinos próximas a 0%, pois tudo se aproveita e haja lucros, exceto para suinocultores
Silvio Cesar Schantz Lucas do Rio Verde - MT
COM CERTEZA ESSA MATERIA FOI ESCRITA SOBRE A ÓTICA DA INDUSTRIA E NAO DO PRODUTOR RURAL.POR MAIS QUE O BRASIL EXPORTA UMA ENORME QUANTIDADE DE CARNE SUINA,NAO EXPLICA OS PREÇOS BAIXOS PAGOS AO PRODUTOR DE SUINO,E NO MT HOJE O PREÇO DO SUINO ESTÁ EM TORNO DE R$2,05 ENQUANTO A CARNE É VENDIDA NO MERCADO VAREJISTA Á R$8,00, O BRASILEIRO CONSOME PRESUNTO A R$16,00 O KILO.UMA VERGONHA.
E SÓ PRA LEMBRAR O SUINO NAO É ABATIDO COM 90 DIAS E SIM COM 150 A 155 DIAS,QUEM ESCREVEU A MATERIA ESQUECEU DE MENSIONAR O PERIODO DE 65 DIAS EM QUE O SUINO PERMANECE NA "MATERNIDADE E CRECHE" QUE O PERIODO MAIS ONEROSO PARA O PRODUTOR. INTEGRAÇAO= FUNCIONARIO SEM CARTEIRA ASSINADA.