Sem ferrovia, Porto de Santos para por causa de exportação de açúçar
O gargalo fez o frete do transporte de açúcar subir 8% este ano. O presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) do Porto de Santos, Sérgio Aquino, acredita que o próximo ano será diferente. Ele explica que uma das maiores exportadoras de açúcar do País, a Cosan, diminuirá o uso do modal rodoviário e apostará nas ferrovias. Os investimentos giram em torno de R$ 1,2 bilhão.
Enquanto não se tem a transferência para outros modais, como a ferrovia e para minimizar os efeitos do grande afluxo de caminhões, Aquino diz que está se exigindo o agendamento da chegada dos veículos e o pátio regulador.
“Nenhum caminhão vai para o porto sem que tenha um destino definido. Se há trânsito hoje, a situação poderia ser bem pior. Mas, sem dúvida, a grande mudança se dará em um ano, com a Cosan, por meio da Rumo Logística, tirando os caminhões das estradas e investindo em ferrovias”.
O presidente do CAP alerta que mudar a matriz de transporte é a única saída para desafogar o trânsito do Porto de Santos e de outros tantos terminais espalhados pelo Brasil. “Hoje se fala muito em ferrovia. Mas, num futuro próximo e que poderia na verdade ser agora, as hidrovias tendem a ser a melhor opção para o investidor. Precisamos criar essa consciência e o CAP está sempre discutindo isso”.