Sinal de desaceleração da economia no Brasil reduz expectativa de alta no juro
No fim de junho, o BC divulgou seu Relatório de Inflação trimestral. Na avaliação de especialistas, o documento traçou cenário preocupante para a evolução dos preços, por causa, principalmente, da atividade econômica aquecida. Ganhou espaço, então, a ideia de que a Selic subiria em todas as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) até o fim do ano - julho, setembro, outubro e dezembro.
No entanto, tal percepção começa a mudar por causa de vários indicadores divulgados nos últimos dias. A sensação é de que a demanda continua forte, mas em ritmo mais lento que o do primeiro trimestre, e a produção desaquece até mais rapidamente do que se esperava. Em abril, a produção industrial caiu 0,7% em relação a março. Em maio, houve estabilidade, o que surpreendeu os especialistas.
As projeções de mercado indicam que junho também foi fraco (o número oficial ainda não saiu). A economista Thays Zara, da Rosenberg & Associados, estima uma queda de 0,2% em relação a maio. Se isso se confirmar, diz ela, será o primeiro trimestre de baixa desde o estouro da crise global, em setembro de 2008. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.