Soja recua quase 50 pts na CBOT com vendas dos fundos e milho
Os futuros do milho também operaram com um forte declínio e fecharam o dia no vermelho. O mercado ainda absorvia os números divulgados ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre estoques trimestrais mais de 20% maiores do que o esperado pelo mercado. A liquidação de fundos contribui para o recuo e as cotações atingiram o menor preço em duas semanas, o limite de baixa.
Assim como a a oleaginosa e o cereal, o trigo teve um forte recuo na sessão de hoje também influenciado pelo mau momento do milho na CBOT e pela venda de fundos. Além disso, o USDA também trouxe estoques acima do esperado pelos traders. Participantes do mercado estão vendendo posições no contrato dezembro e comprando em vencimentos mais distantes por meio de negociações de spread. As incertezas quanto à safra 2011/12 na Rússia e nos Estados Unidos por conta do clima seco contribuem para a liquidação das posições.
De acordo com o jornalista especializado em commodities agrícolas, Mike McGinnis, do site especializado "Agriculture.com", os grãos registraram essa queda preocupante na Bolsa de Chicago pressionados por conta da venda de fundos especulativos. Os fundos já liquidaram 22 mil contratos de milho, 5 mil de soja e 4 mil de trigo, segundo analistas. “A questão do dinheiro está realmente dominando o mercado no curto prazo”, diz Dale Durchholz, analista da AgriVisor.
Um outro analista disse ainda: “O governo nos proporcionou um rally de US$1,85 quando reduziu os estoques em junho. Aqui em setembro, os encontramos de volta. Agora, há pessoas dizendo ‘vamos dar esse rally de volta’. Na minha opinião não é o caso. Por quê? Desde que o rally de junho começou, safras do mundo todo tiveram perdas – Canadá, FSU, norte e leste da Europa. Sendo assim, o mundo é um lugar diferente do que era em junho. Os estoques mundiais têm sido utilizados. Por isso, precisamos manter a produção em alta. As reservas de soja vêem reduzindo acentuadamente. O mercado do milho está fazendo uma ‘autolimpeza’. Na minha opinião, o mercado irá se estabilizar. As pessoas ao redor do mundo precisam comprar os produtos. A China tem um problema com sua safra de milho e com isso terão que repor seus estoques exauridos, provavelmente em dezembro”.
Telmo Heinen Formosa - GO
Eu continuo afirmando, quem acreditar que as cotações internacionais das commodities agricolas ocorrem unica e exclusivamente em função da oferta e demanda físicas, vai quebrar a cara! Não existe capacidade fisica para a humanidade consumir o que a agricultura mundial coloca à sua disposição. Desafio qualquer humano NORMAL a consumir em uma semana 1/52 (hum cinquenta e dois avos) da quota que lhe cabe. Se está faltando comida é graças ao desperdicio e ao consumo dobrado pelos gordos... e graças ao biodiesel a soja tem preço desde 2005/06.
Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
Meu ceticismo ganhou muito espaço nesta semana.Começou com a entrevista da corregedora do Conselho Nacional de Justiça,ministra Eliana Calmon a Veja,depois com o video do mais ou menos genro do ministro Aires Brito e o sr Roriz,neste deu pra entender porque perdemos a causa da Raposa Serra do Sol,faltou um advogenro ,no caso ,ou a produção de arroz não era suficiente para os honorários ,bem agora de novo o USDA,colocou uma montanha de milho a maior nos estoques e correu para dizer que não é milho novo,e sim uma dieta que os americanos fizeram nos seus suinos e aves ,economizando milho,ah também permitiram a adição de H2O no etanol,tambem para economizar milho.Sim porque daqui uns dias vão ter que baixar a produtividade dos seus acres e assim "não vai faltar milho" .Até entendo a jogada,a milionária industria do etanol não pode perder, só que é de curto prazo,porque milho barato só estimula consumo e mais a frente, pode o remendo, ficar pior que o rasgo..
Danilo Fornazieri Londrina - PR
Achei interessante a rapida mudança na manchete de "40 pontos p/ 50 pontos", acompanhando bem o mercado, parabéns pelo site.Infelizmente pra uns e felizmente pra outros, mercado derretendo a soja.