Aécio, Anastasia e Itamar assinarão carta por tucano

Publicado em 14/10/2010 06:55

O comando da campanha de José Serra (PSDB) articulou ontem a divulgação de uma carta assinada pelo trio Aécio Neves (PSDB), Antonio Anastasia (PSDB) e Itamar Franco (PPS) em apoio ao candidato tucano à Presidência.
Ficou acertado que o trio campeão nas urnas assinaria o documento a ser entregue para prefeitos e deputados eleitos durante evento com Serra. A principal meta é desarmar o "dilmasia", como foi batizado pelo PT o voto cruzado em Dilma Rousseff ao Planalto e em Anastasia ao governo.
A coordenação da campanha negociava ainda com Aécio um discurso anunciando que "reverteria o quadro em Minas" em favor de Serra. Também é esperada uma fala de Itamar.
O evento, um ato político num auditório em Belo Horizonte, foi batizado de "Minas é Serra pelo Brasil - Arrancada para a vitória".
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), terá encontro com Aécio hoje pela manhã.
No segundo maior colégio eleitoral do país, Serra teve 30,76% dos votos, ante 46,98% de Dilma Rousseff (PT). Marina Silva (PV) obteve 21,25%.
A coordenação da campanha tucana também preparou material específico para cada Estado no segundo turno.
Foram gravadas mensagens de Serra direcionadas ao eleitorado local, que serão utilizadas em eventos de rua.

PMDB
Lideranças tucanas também iniciaram uma ofensiva por peemedebistas derrotados por candidatos "dilmistas" no primeiro turno.
No Sul, o senador eleito por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) procurou o ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça. Também foram sondados os deputados Ibsen Pinheiro (RS) e Osmar Terra (RS).
Ex-senador, o catarinense Jorge Bornhausen (DEM) conversou com o ex-governador Germano Rigotto (RS), que perdeu a disputa ao Senado.
No Nordeste, o principal assediado é Geddel Vieira Lima (BA), ex-ministro do governo Lula, derrotado pelo PT na eleição ao governo do Estado.

PT vê "desagregação" e age para recompor campanha em Minas

A avaliação interna de que há risco de derrota no dia 31 e a constatação de "desagregação" da campanha em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, criaram um clima de tensão na equipe de Dilma Rousseff (PT).

Segundo um assessor, o principal erro foi não ter elaborado um plano B para o segundo turno, graças à "confiança exagerada" na vitória.


A tensão no QG dilmista aumentou no fim de semana, quando o Datafolha divulgou pesquisa indicando redução de 12 para 7 pontos entre Dilma e José Serra.
A prioridade é reestruturar a campanha em Minas, onde a situação é considerada "grave". O presidente Lula desembarca sábado no Estado para encontrar prefeitos.


"Minas merece nossa atenção não só pelo tamanho e peso eleitoral, mas pelo fato de que houve uma certa desagregação das nossas lideranças", disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra.


O PT estuda pedir investigação do Ministério Público sobre a acusação de que o ex-diretor de Engenharia da Dersa (estatal paulista responsável pelas estradas) Paulo Vieira de Souza teria desviado R$ 4 milhões da campanha tucana, publicada pela revista "IstoÉ".
Exonerado da Dersa em abril, o engenheiro cobrou solidariedade dos tucanos, em entrevista à 
Folha. "De repente o Serra, que não o conhecia, passa a defendê-lo", disse Dutra.

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Fonte:
Folha de S. Paulo

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