Com influência da macroeconomia, soja volta a bater os US$ 13 em Chicago
A sustentação para os preços vem também de um aumento da demanda, principalmente por parte da China. Na semana encerrada no dia 26 de novembro, os Estados Unidos venderam 1,342 milhões de toneladas de soja, quase o dobro do exportado na semana anterior, quando os preços da oleaginosa caíram 5,3%.
As vendas norte-americanas no ano comercial que se iniciou em 19 de setembro já são 19% maiores do que há um ano. O principal destino da oleaginosa norte-americana continua sendo a nação asiática.
Paralelamente, um leilão realizado na China de 300 mil toneladas de soja não atraiu compradores, que alegaram preços altos demais e um produto vindo de um estoque de 2008.
Para o analista de mercado da XP Agro, Ricardo Lorenzet, a forte alta dos preços vai além da demanda aquecida e dos problemas climáticos. Ele acredita também na influência do bom momento do trigo e da economia norte-americana.
"Com o mercado de trabalho ainda muito fraco nos EUA, o que se trabalha é a necessidade que virá de injeção de liquidez ainda maior no país para que ele se recupere. Diante disso, o mercado interpretou um momento de mais dinheiro na economia que faria com os negociadores migrassem das ações para as commodities porque a pressão inflacionária vai permanecer".
Lorenzet diz ainda que "esta semana foi importante, nada mudou no quesito fundamental, porém, duas coisas ficaram claras: o retorno do ineteresse especulativo depois que o quadro fiscal europeu se estabilizou e a China mantem um ritmo elevado de atividade mesmo com as medidas até então adotadas".
Na Bolsa de Dalian, preços também em alta
Na China, os futuros da soja também encerraram em alta na Bolsa de Dalian. Os preços avançaram mesmo com os anúncios de que o país adotará uma política econômica mais prudente e rigorosa.
Segundo Lian Chao, analista da Radar Futures, "os temores sobre o impacto das recentes medidas de aperto do governo estão se dissipando".
Chao disse ainda que os valores encontraram uma resistência de 4.500 yuans por tonelada por conta do clima mais seco nas regiões produtoras do Brasil. De acordo com alguns traders, a demanda e a oferta da oleaginosa ficaram estáveis e os preços inalterados.
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