Soja volta a encerrar com forte alta na Bolsa de Chicago
Ricardo Lorenzet, analista de mercado da XP Agro, afirma, no entanto, que o mercado ainda conta com bastante incerteza e são esperados mais períodos de volatilidade. Isso deve acontecer por conta de um rebalanceamento de carteiras, com o direcionamento dos fundos para outros mercados, e também pelo avanço da moeda norte-americana. O segundo semestre do ano deve ser marcado por essas características.
No entanto, Lorenzet confirma que os fundamentos principais são bastante positivos e que continuam oferecendo significativa sustentação às cotações. O analista acredita que nos primeiros seis meses de 2011 continua o bom momento para o mercado da soja.
Além disso, alerta também para o fator da briga por área que acontece nos Estados Unidos, a qual também pode oferecer suporte.
Para o relatório de oferta e demanda do USDA do próximo dia 12, Lorenzet adianta que pode haver uma nova redução dos estoques na casa das 4 milhões de toneladas. Estoques ajustados, demanda aquecida e produção comprometida na América do Sul, preços subindo.
Analistas disseram que as perdas registradas ontem, no pregão noturno e no início do diurno de hoje foram exageradas já que o mercado ainda se baseia na crescente demanda mundial pelos grãos e principalmente na situação de ajuste na ofera global principalmente por conta da estiagem que atinge a América do Sul.
Para Sean McGillivray, vice-presideente da Great Pacific Trading Company, "o milho e a soja sofreram um pouco com o excesso da realização de lucros".