Treinamento e benefícios asseguram mão de obra
Aos 53 anos, Possão tem passagens pelos grupos Vicunha, Tyco, Fintink do Brasil e, mais recentemente, pelo norueguês Aibel. O cenário mudou. As plataformas de petróleo do Mar do Norte foram substituídas pelas lavouras do Piauí, mas o trabalho é o mesmo. Foram mais de 1.000 horas de treinamento no primeiro trimestre do ano, e os benefícios continuam em expansão.
Em todas as unidades produtivas da Insolo, há alojamentos que seguem as normas do Ministério do Trabalho e refeitórios - para quem não consegue usá-los, a companhia distribuiu vales. A empresa mantém ônibus para o transporte dos funcionários entre as lavouras e os municípios onde residem, e a assistência médica nacional oferecida cobre familiares e já atende a quase 800 pessoas. Há seguro de vida, apoio e incentivo a estudantes universitários e auxílio para cursos de idiomas. "Estamos avaliando também apoiar extensões universitárias", afirma ele.
Todos os funcionários estão incluídos no plano de remuneração variável da Insolo, e Possão se prepara para a implantação do Projeto Formare, há décadas criado pela Fundação Iochpe com foco na formação socioprofissional, pela primeira vez em uma atividade agrícola, não industrial. Também já foi implementado o conhecido sistema Six Sigma de melhorias contínuas.
Se tudo correr como Salomão Iochpe gostaria - e a depender das regras do novo Código Florestal, que poderá impor uma moratória de cinco anos à abertura de novas áreas de produção de grãos no país -, o trabalho de Possão vai aumentar. Tranquilo, já com residência estabelecida em Balsas (MA), ele torce para que a Insolo triplique mesmo sua área plantada até a safra 2013/14, como prevê o plano de investimentos, e espera novos batalhões para treinar.