Farinhas argentinas subiram e voltaram a cair, devido atraso do subsídio do governo

Publicado em 03/05/2011 14:16
O preço das farinhas argentinas tiveram aumento há duas semanas para R$ 390/ton a 000 e US$ 420 a 0000, mas voltaram a cair entre 10 e 20 dólares/ton por uma razão muito típica da situação do país no momento: o governo está atrasando em mais de 6 meses o pagamento do subsídio dado aos moinhos. Explicamos: os moinhos compram o trigo em grão a um preço superior e vendem a farinha a um preço menor para as padarias a fim de subsidiar o consumidor final (que consome, assim, cerca de 130 kg/ano, contra 25,05 kg do consumidor brasileiro). O governo paga aos moinhos esta diferença, ou deveria, porque faz seis meses que não honra o compromisso, colocando os moinhos em sérios problemas financeiros e obrigando-os a vender farinha mais barata para fazer caixa. Note-se que estes subsídios são apenas para o mercado interno, não existindo para as vendas de exportação. Para estas, ao contrário, há um “sobresídio”, um imposto de exportação. Quais são os efeitos destes subsídios? O governo tabela o lucro dos moinhos, assim como tabela o pão francês que é vendido nas padarias, algo parecido com o que acontecia no Brasil nas décadas de 70 e 80 e que não deu certo.  Lembram-se da DL 210 e das quotas da Cacex? Semelhante. O efeito paralelo é uma grande abertura para a corrupção e favorecimentos, como tudo o que é controlado por governos, tão grande que o executivo aparentemente fechou a ONCCA para que os esquemas não viessem à tona. Mas, parece que o povo está gostando, Cristina está com 40% de intenções de voto para as próximas eleições e espera continuar no poder e com estas políticas.
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Trigo & Farinhas

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