Grãos são destaque na CBOT. Trigo puxa milho e soja
As condições climáticas nos Estados Unidos continuam dando o tom ao mercado. O plantio norte-americano da soja, do milho e do trigo de primavera estão bastante atrasados por conta do excesso de chuvas e das baixas temperaturas.
Além disso, as lavouras de trigo de inverno da região das Grandes Planícies sofrem com uma severa estiagem, assim como alguns países produtores da Europa.
A demanda pelos grãos norte-americanos - trigo e milho - demonstram um bom desempenho, fato que atua como catalisador da alta dos preços nestes últimos dias.
Como explicou o especialista no mercado de grãos da XP Investimentos, Ricardo Lorenzet, a alta da soja é um total reflexo da alta dos grãos, uma vez que a oleaginosa não apresenta nenhum fato novo em termos fundamentais.
Além disso, Lorenzet explica ainda que esse temido aumento da área de soja em detrimento à área de milho não deverá acontecer, já que este processo, na prática, é bem mais complexo do que se imagina e a tendência é de que, mesmo diante deste clima adverso, os produtores norte-americanos continuem plantando mais milho por conta de uma melhor rentabilidade.
Com isso, a área total das safras de verão nos Estados Unidos pode ser menor do que o estimado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Paralelamente ao clima e à questão da oferta e demanda, os fatores externos também favoreceram as altas em Chicago, com as macrocommodities como o petróleo e os metais em alta e o dólar index em baixa.
Confira como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago: