Em Chicago, trigo e milho fecham com forte alta e puxam soja

Publicado em 22/07/2011 18:40 e atualizado em 22/07/2011 22:42
As incertezas climáticas persistem nos Estados Unidos e nesta sexta-feira deram forte suporte ao mercado de grãos na Bolsa de Chicago. O milho e o trigo fecharam o pregão de hoje com baixas de dois dígitos e acabaram puxando a soja para cima, afastando baixas que poderiam ser ocasionadas por movimentos de  realizações de lucros. 

As lavouras norte-americanas seguem sofrendo com a irregularidade das chuvas e isso tem atrasado bastante a polinização do milho. De acordo com o analista de mercado Étore Baroni, esse stress que a produção vem sofrendo com o calor excessivo no país pode resultar em um rendimento menor do que o esperado pelo mercado e servir como trampolim para os preços na CBOT. 

Assim como o clima adverso é prejudicial para o milho, o mesmo também o é para a soja. As primeiras semanas de agosto são um período determinante para a produtividade da oleaginosa e a previsão aponta que o período de calor excessiva e tempo seco deva voltar na transição entre julho e o mês seguinte. 

Além disso, os traders já começar a falar também sobre o relatório mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no próximo 11 de agosto. 

Segundo Baroni, o mercado espera que o órgão faça uma revisão na área de plantio do cereal, uma vez que os números apresentados no último boletim pode não se confirmar e ser bem menores do que o reportado. 

Na Bolsa de Chicago (CBOT), com novas preocupações diante do intenso calor que ameaça a safra dos Estados Unidos, os contratos com vencimento em dezembro, os mais líquidos, subiram 12,50 cents ou 1,86% e fecharam a US$ 6,8550/bushel. Previsões climáticas indicam a volta das altas temperaturas na região Meio-Oeste do país na semana que vem, aumentando o estresse das lavouras após uma onda de calor recente. Uma queda das temperaturas é esperada no início da semana, mas segundo o presidente da corretora A/C Trading, Jim Gerlach, ainda assim as temperaturas serão elevadas. "Está mais frio, mas definitivamente não é o paraíso", comentou. 

Traders estão atentos ao clima porque produtores precisam de condições favoráveis para produzir uma ampla safra e reabastecer os estoques do país. Os preços recuaram 14% desde que atingiram as máximas históricas no início de junho, com preocupações na oferta.Chuvas são esperadas na maior parte do meio-oeste nesta semana, mas o calor deve voltar no meio da semana que vem, de acordo com o meteorologista Andy Karst, da consultoria World Weather. "A chuva não será suficiente para dar uma última melhora na umidade do solo", completou. 

Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago:



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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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