Trigo: Semana fecha com preços praticamente inalterados e bons estoques
As perspectivas que se podem ver daqui para frente são de alguma possibilidade de alta nos preços internacionais se confirmadas as perdas nas safras de trigo de primavera dos Estados Unidos e de trigo duro na Austrália. No mercado interno brasileiro os preços não devem subir significativamente, por conta do aumento da disponibilidade do trigo gaúcho desta temporada, cuja produção foi maior e melhor, mas cujos dirigentes não souberam aproveitar adequadamente os bons preços oferecidos pelo mercado internacional para escoar para a exportação e agora enfrentam, juntamente com o Uruguai e Paraguai, uma falta total de demanda externa por conta da volta da Rússia com força ao mercado internacional, retomando os mercados que havia perdido para estes países sulamericanos. Há, então, que se procurar outras alternativas no mercado internacional para se colocar a sobra de 1,3 milhão de toneladas que deve acontecer no mercado gaúcho, ou onerar com ela os cofres públicos, o que o novo ministro, embora gaúcho, não deve fazer, mas acreditamos que fará por motivos políticos, contra toda lógica comercial.
Nenhum navio programado para o Brasil, nos portos argentinos, na próxima semana
A greve que está acontecendo nos portos argentinos do sul parece ter afetado os embarques de trigo para o Brasil. Não há nenhum oficialmente programado para carregar com destino ao nosso país: a última programação é do navio foi a do navio Ocean Leader, para trazer 9 mil toneladas para a ADM, que tinha previsão de saída para o dia 16 de agosto, terça-feira última. Depois disto não consta nenhuma programação.
Plantio foi de 4,6 milhões de hectares de trigo na Argentina
O anúncio oficial do governo fala em 4,6 milhões de hectares, embora a Bolsa de Cereais de Buenos Aires indique o plantio de 4,95 milhões de hectares para a safra 2011/12 na Argentina. A estimativa do USDA é para uma produção em torno de 13,5 milhões de toneladas, contra 15 milhões produzidas na safa passada.
Finalmente as cooperativas ACA e AFA recebem as maiores cotas de exportação
Das 160 mil toneladas de licenças de exportação de trigo liberadas nesta semana, 123.500 toneladas foram destinadas às cooperativas ACA (93.500 toneladas) e AFA (30 mil toneladas). Os lotes restantes foram concedidos para Nidera (14.412 toneladas), Moreno/Glencore (11.735 toneladas), Pilagá/Adecoagro (6.191 toneladas)e Productos Sudamericanos (1.800 toneladas).
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