Grãos: Verão mais quente desde 1955 provoca quebra nas safras dos EUA
Sinais de redução na produção foram divulgados esta semana pela associação Professional Farmers of America com os resultados de uma pesquisa feita em sete estados, durante quatro dias, em 2 mil campos no Meio-Oeste
Os preços do milho subiram 24% desde o dia 1º de julho e os da soja, em 24 de agosto, alcançaram o mais alto patamar em cinco semanas. As altas foram justificadas pelo sofrimento pelo qual as plantações vêm passando por conta dos 35 dias de calor intenso e temperaturas que superaram os 32°C.
"A mãe natureza provou mais uma vez ser uma mulher sedutora e cruel. 2011 pode 'ir para baixo'assim como o ano em que ela destruiu as indústrias de gado e etanol", disse o especialista em mercados agrícolas da JP Morgan, Peter Meyer.
Rendimentos mais baixos
Os mais de 100 profissionais entre produtores, analistas, agrônomos, compradores de grãos e jornalistas que colheram amostras ao longo da pesquisa reportaram uma produtividade menor do que a registrada em 2010 nos estados de Iowa, Illinois, Minnesota, Ohio, Nebraska, Indiana e Dakota do Sul. A contagem de vagens por m² também veio menor do que no ano passado.
Iowa e Illinois, os maiores produtores norte-americanos, tiveram o mês de julho mais quente desde 1955, de acordo com os departamentos de meteorologia. Área do oeste de Iowa, centro de Illinois, sul de Minnesota e oeste de Indiana receberam apenas um quarto do volume normal de chuvas neste mês.