Tombini nega influência e diz que PIB vai crescer menos de 4% em 2011
Na entrevista, Tombini assegurou que a autonomia do BC está mantida. “A presidenta me disse desde o início para operar com autonomia”, afirmou.
O presidente do BC disse, ainda, que vai revisar, para baixo, no fim deste mês, com a divulgação do Relatório de Inflação, a projeção de crescimento da economia para 2011. O percentual deve recuar de 4% para 3,5%.
Tombini sustentou também que o ciclo de alta da inflação se encerra neste trimestre (julho a setembro). Ele previu que a inflação acumulada em 12 meses cairá entre 1,8 e 2 pontos percentuais até abril ou maio de 2012. Ele reiterou que o objetivo do BC é atingir a meta de 4,5% até o fim do próximo ano.
O presidente do BC elogiou a política fiscal do governo. “O governo vem mantendo determinação em mostrar uma situação fiscal robusta”.
Tombini também afirmou não ter havido intervenção política do governo para reduzir, de 12,5% para 12% ao ano, a taxa básica de juros (Selic). “O Banco Central continua operando com autonomia operacional. Nossas políticas são definidas com base no nosso exame da situação econômica do Brasil”, afirmou. “As condições externas da economia internacional enfim, as perspectivas para a inflação e, com base nesse diagnóstico feito aqui no BC, nós tomamos as nossas decisões. Portanto, o Banco Central continua operando com autonomia operacional, como vem fazendo desde o começo dessa administração”.