Com sinais de melhora da demanda, soja fecha em alta na CBOT
O cenário composto por uma tranquilidade no mercado financeiro, a necessidade dos traders se posicionarem à espera dos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e mais uma melhora na demanda pela soja norte-americana deu suporte aos preços no complexo de grãos no pregão diurno da CBOT.
Nesta quinta-feira, o mercado macroeconômico se beneficiou com a divulgação das informações de que o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos teve um aumento de 1,3% no segundo trimestre. Os números ficaram acima da estimativa inicial que falava em algo por volta de 1,2%.
Além disso, pela manhã, parlamento da Alemanha aprovou a legislação que aumenta o escopo e o volume do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, criado para socorrer países da zona do euro com problemas financeiros. A medida trouxe um ligeiro alívio para os mercados. Com isso, as bolsas europeias também encerraram o dia no azul.
Paralelamente, a alta do petróleo e o recuo do dólar ante outras moedas - cena inversa à desta quarta-feira - contribuiu com o movimento de alta.
No entanto, os rumos da economia global continuam preocupando e limitando altas mais significativas e consistentes entre as commodities, não só agrícolas. Com isso, o mercado segue bastante pressionado e ainda liquidando algumas posições, favorecendo novos recuos dos preços ou impedindo altas maiores, como explicou o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest.
Porém, apesar dessa preocupação que, além de tudo, ainda poder provocar um desaquecimento da demanda, os números reportados pelo USDA hoje em seu relatório de registro de exportações mostraram que as vendas semanais de soja somaram pouco mais de 1 milhão de toneladas enquanto a aposta do mercado variava entre 500 mil e 800 mil toneladas.
Trigo - No caso do trigo, o posicionamento dos agentes frente ao relatório do USDA também rendeu um dia de fechamento positivo para o mercado. A aposta dos analistas é de que o USDA reduza sua projeção para safra dos EUA e de que indique estoques finais menores do que os registrados na temporada anterior.
Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago: